Gravidade e potência: por que ginastas costumam ter baixa estatura?

Por Giacomo Vicenzo

Na ginástica artística, o mais comum é vermos atletas com uma estatura menor do que a de outros esportes - e até da média da população.

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Na equipe feminina, Rebeca Andrade, uma das mais altas, tem 1,55 m, seguida por Flávia Saraiva de 1,48 m. Júlia Soares mede 1,53 m e Jade Barbosa e Lorrane dos Santos têm 1,53 m.

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São raros atletas como Petrix Barbosa, ex-ginasta e ex-BBB, que mede 1,78m. Ele disse em entrevista ao UOL, em 2015, que precisou de terapia por conta de sua estatura e teve diversas lesões.

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Mas, será que altura é realmente um fator determinante para esse esporte? UOL conversou com especialistas para entender o motivo de a estatura mais baixa ser predominante.

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Atletas mais baixos têm um centro de gravidade menor. Isso significa que podem ter mais potência na hora de executar um exercício em comparação a um "grandalhão".

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"Favorece o equilíbrio, a estabilidade e a potência. Como os movimentos são muito complexos, isso é importante para as provas", aponta Eduardo Netto, Profissional de Educação Física.

Marcelo Maragni

"Há menos inércia e esses mortais e saltos, acabam exigindo menos esforço em comparação com atletas maiores", continuou.

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Segundo ele, em níveis mais altos, como Olimpíadas, dificilmente vamos encontrar atletas mais altos.

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Saltar, pular, cair e se pendurar em barras gera um estresse sobre o corpo e principalmente nas articulações.

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Se é preciso lidar com menos peso corporal, as chances de se machucar nesses treinos e em competições também pode ser diminuída.

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A altura também está ligada diretamente à capacidade de estabilidade, como apontado sobre o centro de gravidade, e isso também está relacionado a um risco maior ou menor de lesões.

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Embora nossa estatura seja definida por fatores genéticos, esportes de alto impacto, quando praticados em alto nível desde a infância, podem interferir no desenvolvimento.

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Sobretudo antes dos 14 anos, como explica o neurocirurgião Renato Andrade Chaves.

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O treinamento intenso durante a puberdade pode interferir no crescimento, pois a alta carga física e as demandas energéticas podem afetar os hormônios do crescimento.

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Publicado em 31 de julho de 2024.

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