Para esquecer

Os dez piores pilotos da história da Fórmula 1

Por Do UOL, em São Paulo

Mesmo o pior piloto da Fórmula 1 tem habilidade maior que a enorme maioria das pessoas, e há casos nesta lista de competidores que triunfaram em outras categorias, mas não conseguiram replicar o mesmo sucesso no principal campeonato do automobilismo.

Andrea de Cesaris

De Cesaris colecionou títulos no kart e disputou o Britânico de F3 com o brasileiro Chico Serra no fim dos anos 1970, mas ficou marcado pelos acidentes em sua carreira de mais de 200 GPs na Fórmula 1. Foram 148 abandonos, sendo 18 consecutivos. Em 1981, ele conseguiu uma vaga na McLaren, muito em função das conexões de sua família com a Philip Morris, que patrocinava o time, e destruiu 18 chassis. Houve uma ocasião, na Holanda, em que a equipe até decidiu que era melhor ele não correr.
Simon Bruty/Allsport

Ricardo Rosset

O brasileiro chegou à nanica Footwork em 1996 credenciado pelo vice-campeonato na F3000 no ano anterior e não foi tão mais lento que o companheiro Jos Verstappen. O porém é que Rosset ficou marcado pelos incidentes em que se envolveu, além de ter sido o pivô da saída de Ken Tyrrell da Fórmula 1, já que o chefe de equipe não concordou com a decisão de contratar o piloto devido ao dinheiro que ele trazia.
Gary M Prior /Allsport

Michael Andretti

A decepção com Andretti foi proporcional à expectativa criada com sua chegada em 1993. Afinal, ele tinha sido campeão da Indy em 1991, vinha de uma família tradicional no automobilismo e chegava para ser companheiro de Ayrton Senna na McLaren. Naquele ano, o time estava caindo de produção, já sem os motores Honda, e o clima interno era péssimo. Ele ficou marcado por acidentes: nas três primeiras corridas, conseguiu completar só quatro voltas.
Colin McConnell/Toronto Star via Getty Images

Otto Stuppacher

A lista foca em pilotos que conseguiram se classificar, mas a história de Stuppacher é boa demais para ser deixada de lado. Ele tentou se classificar em algumas oportunidades na temporada 1976. Mas, devido a sua falta de experiência, sua inscrição foi negada. Mas ele não desistiu, voltou para as corridas finais da temporada, mas era lento demais: 13s7 mais lento que o pole em Monza, 12s6 em Mosport e 27s4 em Watkins Glen. Mas a história curiosa é que, no GP da Itália, três pilotos foram desclassificados por irregularidades e Stuppacher ganhou o direito de largar. Mas ele já tinha ido para casa e perdeu a chance.

David Walker

O piloto chegou credenciado por títulos na Fórmula Ford e na F3, mas não conseguiu repetir o sucesso na Fórmula 1. Seu principal "feito" foi ter passado toda a temporada de 1972 sem marcar um ponto sequer. Isso não seria algo totalmente incomum, principalmente se lembrarmos que, naquela época, só os seis primeiros pontuavam. Mas o problema é que Walker era companheiro de equipe do campeão daquela temporada, Emerson Fittipaldi.
Blackman/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images

Luca Badoer

Badoer foi um piloto de testes importantíssimo para a Ferrari, além de ter sido campeão da F3000 (atual F2) mas, na Fórmula 1, ficou na história como o piloto que disputou mais GPs sem nunca ter conseguido pontuar, com 51 largadas. E olha que ele teve a chance mudar isso em 2009, substituindo Felipe Massa após seu acidente no GP da Hungria. Mas Badoer ficou a 3s da pole de Barrichello no GP da Europa, em Valência, e depois amargou outro último lugar com a Ferrari em Spa no grid da prova seguinte.
Mirco Lazzari/Getty Images

Jean-Denis Delétraz

Ele venceu Le Mans duas vezes e fez uma longa carreira de sucesso. Na Fórmula 1, não teve bom desempenho. Pilotando a fraca Larousse em 1994, ele foi 3s2 mais lento que o companheiro Hideki Noda na classificação e levou dez voltas do líder antes de abandonar na estreia. No ano seguinte, voltou por mais duas corridas pela Pacific. No GP de Portugal, foi 12s mais lento que o pole na classificação e abandonou a prova com câimbras após 14 voltas. Em sua despedida, em Nurburgring, terminou sete voltas atrás do líder.
Mike Hewitt/Getty Images

Giovanni Lavaggi

O italiano é outro caso de piloto que andou bem em provas de endurance, mas, quando estreou na F1, não tinha quase nenhuma experiência em carros de fórmula. Ele comprou uma vaga na Pacific em 1995 e na Minardi em 1996, participando de 10 GPs, não conseguindo se classificar para três e, quando alinhou no grid, conseguiu terminar só uma prova, cinco voltas atrás do vencedor. Ele nunca conseguiu superar seus companheiros ou ser menos de cinco segundos mais lento que o pole.
Pascal Rondeau/Getty Images

Alex Yoong

O malaio teve uma chance com a Minardi nas três últimas corridas de 2001, sendo 1 a 2s mais lento em classificação que o companheiro Fernando Alonso. Manteve seu posto no ano seguinte, fazendo dupla com Mark Webber, e a diferença se manteve em um patamar semelhante. Ele até conseguiu um sétimo lugar na Austrália em 2002, mesmo terminando três voltas atrás do líder. Nas corridas seguintes, ou foi último, ou sequer conseguiu se classificar, caindo na regra dos 107%.
Gabriel Bouys/AFP

Yuji Ide

Foi o único piloto na história a ter sua superlicença caçada, e isso aconteceu após apenas quatro corridas em 2006. Ele era tão mais lento que o colega Takuma Sato que, se a regra dos 107% estivesse em vigor, ele não poderia largar. Entre os feitos do piloto japonês estão ter atrapalhado Rubens Barrichello na classificação na Austrália e depois rodar várias vezes na corrida. O acidente que causou na primeira volta no GP de San Marino o fez perder a "carteira de motorista" da F1.
Mark Thompson/Getty Images
Publicado em 15 de Maio de 2021.