Quem manda em Paris...

Filho de pescador, bilionário do PSG foi tenista da ATP e é amigo de Nadal

Por Marcello De Vico

Esqueça aquela ostentação dos donos do Manchester City ou do Tottenham. Apesar de possuir uma fortuna estimada em cerca de R$ 43 bilhões (segundo o site Glusea.com), Nasser Al-Khelaifi, mandachuva do PSG desde 2011, sempre foi bem mais "discreto" que os concorrentes nos noticiários. Pelo menos nesse sentido.
Reprodução/Twitter
Nada de relatos de carrões ou iates luxuosos. Desta vez, contaremos algumas histórias curiosas sobre o cara que, hoje (4), pode voltar a marcar o seu nome no PSG com a classificação para mais uma final de Liga dos Campeões. Vamos lá?
ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP
Nasser Al-Khelaifi nasceu em Doha, no Qatar, em 12 de novembro de 1973. Mas engana-se quem acha que ele veio ao mundo em "berço de ouro". De família modesta, ele cresceu vendo o pai trabalhar como pescador de pérolas.
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Sua carreira esportiva começou no tênis. E ele não jogou de brincadeira, não. Além de ter representado o Qatar na Copa Davis diversas vezes, o nome dele está gravado na ATP, com 12 vitórias e 39 derrotas em simples -- e o nº de 995 como sua melhor classificação no ranking.
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Ok, não são lá grandes números, mas não é pra qualquer um ter jogado contra o Thomas Muster e ainda ganhado um game do cara, né? Foi no torneio de Sankt Polen, na Áustria, em 1996, e o austríaco, que chegou a liderar o ranking da ATP, era nº 2 do mundo na época.
Robert Parigger/EFE
Mas foi justamente o mundo do tênis que lhe abriu portas para começar a ser o bilionário que é hoje, como ele mesmo já falou em entrevistas recentes: "Tudo isso não teria sido possível para mim sem o tênis", disse em uma declaração ao El País.
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Foi do tênis, também, que surgiu a sua paixão pelo Paris Saint-Germain. Ainda segundo o jornal espanhol, o catariano costumava realizar muitos treinos na França e, então, acabou pegando gosto pelo clube que anos depois viria a comandar.
Christian Liewig/TempSport/Corbis via Getty Images
Nasser ainda é o presidente da Federação de Tênis do Qatar e participa da organização de torneios como o ATP 250 em Doha. Em 2014, por exemplo, convenceu Rafael Nadal -- de quem é muito amigo -- a participar do evento. O espanhol acabou sendo campeão.
AFP

O Rafa é um amigo. Grande tenista, lutador e ótima pessoa. O conheci há quase 10 anos e nos falamos frequentemente por telefone. Ele gosta muito de futebol e sempre diz que ainda quer vir ver o PSG jogar

Nasser Al-Khelaifi, em 2018
Homem de confiança de Tamim bin Hamad Al Thani, emir do Catar e dono do PSG, Nasser Al-Khelaifi desembarcou em Paris em 2011, quando o clube foi adquirido pelo fundo soberano Qatar Sports Investment (QSI), do qual Al-Khelaifi é presidente.
AFP PHOTO / BENJAMIN CREMEL
E cabe aqui mais uma curiosidade. Nasser e Tamim são amigos de infância, sendo que o primeiro inclusive chegou a dar aulas de tênis para o emir. A amizade só cresceu, e hoje ambos somam bilhões e bilhões em empresas e investimentos.
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Para citar algumas, Nasser também dirige o grupo BeIn Media Group, que desde 2013 controla as emissoras esportivas da rede catariana Al Jazeera, na qual ele começou a se dar bem no mundo dos negócios, em 2003.
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Recentemente, a BeIn Media, proprietária de uma rede de canais esportivos e de cinema em mais de 30 países espalhados pelo mundo, incluindo Espanha, França e Estados Unidos, assumiu o comando do famoso estúdio de cinema e TV Miramax, ganhador de vários prêmios do Oscar.
Divulgação/IMDb
Atualmente, porém, o prêmio que Nasser mais deve querer para a sua coleção tem dois nomes: Champions League. Ele conta hoje com a dupla Neymar e Mbappé para reverter a vantagem do Manchester City e, mais uma vez, alcançar a tão sonhada decisão do maior torneio de clubes do mundo. Será que dessa vez o título vem?
Lionel Bonaventure/AFP Photo
Publicado em 04 de Maio de 2021.