Um gigante de 35 mil lugares está "escondido" de boa parte da população de São Paulo.
O Estádio da USP (o nome oficial é Estádio Armando de Salles Oliveira) fica no campus do Butantã, é usado somente para eventos internos.
Uma das arquibancadas está interditada por falta de manutenção, mas nada impede alguém de subir as escadas enferrujadas e ficar pulando para ver o que acontece.
Os 35 mil lugares estão divididos em duas arquibancadas, que, vistas do alto, formam uma grande ferradura em "U", de Universidade. Elas sofreram com o tempo e a falta de uso.
A parte inferior está deteriorada com rachaduras, fungos e concreto desgastado, mas a situação da superior é ainda pior: não pode ser utilizada e foi interditada.
Além das escadas de acesso todas enferrujadas, têm ainda as plantas nascendo entre o concreto.
A situação do campo é diferente. Com 110 metros de comprimento e 68 de largura, ele foi dividido na metade, formando um de rugby e outro de futebol.
Eles estão bem cuidados, têm iluminação e são usados para aulas.
O Estádio da USP seria utilizado nos Jogos Pan-Americanos de 1975, mas um surto de meningite que atingiu a capital paulista fez com que a competição fosse transferida para a Cidade do México.
O estádio foi inaugurado no ano seguinte e se tornou o terceiro maior da cidade, atrás apenas do Morumbi e do Pacaembu. Cerca de 50 anos depois, ainda é o quinto maior de São Paulo.
Em seus primeiros anos, o local recebeu algumas partidas externas.
Em uma delas, pela Copa Pelé - um torneio de veteranos das seleções -, Paolo Rossi jogou ali, contra o Uruguai, em 24 de janeiro de 1989.
Exatamente um ano antes, o estádio teve sua última partida oficial e recebeu a final da Copa São Paulo, com vitória do Nacional-SP contra o América-SP.
Desde então, o estádio só é utilizado para uso interno da USP, seja com competições ou aulas. E isso parte de uma decisão da própria faculdade.