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Aliado de Lula e Alckmin, França diz que nunca combinou com 'tom vermelho'

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) - Bruno Santos - 8.dez.2020/Folhapress
O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) Imagem: Bruno Santos - 8.dez.2020/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

20/05/2022 08h24

Aliado da chapa presidencial formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), o também ex-governador Márcio França (PSB) disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que nunca combinou com o "tom vermelho" do PT. Apesar de ter se juntado ao partido para formar a aliança na disputa do Palácio do Planalto, ele afirma que o "estilo" da legenda não é o mesmo que o dele.

"Eu nunca combinei muito com esse tom vermelho. Não é o meu estilo. Sou do PSB há 40 anos, foi meu único partido. Não posso ser acusado de ser incoerente. Eu compreendia os movimentos do PSDB e achava que o partido não devia ser tratado como inimigo. Era um adversário. O convite ao Alckmin é uma mensagem aos brasileiros", afirmou França.

Hoje tido como pré-candidato do PSB ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador afirmou que um "erro" em São Paulo poderia custar o resultado das eleições para Lula. Questionado se esse "erro" seria a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), França disse que se trata de "qualquer erro".

"São Paulo é muito importante, mas o Brasil é mais importante do que São Paulo. É preciso que a gente tenha em mente o que está acontecendo na eleição brasileira. O erro em São Paulo pode custar a eleição brasileira (do Lula). Dez por cento em São Paulo são 2,5 milhões de votos. Não há como compensar isso", afirmou.

Ainda na avaliação de França, a escolha de seu nome favoreceria a candidatura de Lula. "Eu amplio um pedaço a mais que ele não tem", acrescentou o ex-governador, que afirma ser o idealizador da chapa do petista com Alckmin.

Desde antes do anúncio de que Lula e Alckmin formariam uma chapa presidencial, França e Haddad disputam quem vai ser o candidato ao governo do estado de São Paulo.

O PSB argumenta que o nome escolhido deve ser o de alguém que não tenha rejeição tão grande —pesquisas de opinião mostram que o petista é o que tem maior entre todos os pré-candidatos. O PT, por sua vez, não quer abrir mão de ter um candidato próprio.