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Freixo promete ampliar ensino integral e técnico e mudar protocolo policial

O pré-candidato do PSB ao governo do Rio, Marcelo Freixo, durante sabatina UOL/Folha - UOL
O pré-candidato do PSB ao governo do Rio, Marcelo Freixo, durante sabatina UOL/Folha Imagem: UOL

Jessica Bernardo e Henrique Salles Barros

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/05/2022 11h18Atualizada em 20/05/2022 12h20

O pré-candidato ao governo do Rio Marcelo Freixo (PSB) afirmou que quer ser o "governador da educação", colocando o tema como prioridade caso seja eleito. Ele prometeu investir na expansão do ensino integral e técnico no estado e disse que fará uma luta contra o analfabetismo no Rio.

"Sou professor, quero ser o governador da educação. Quero que no final do meu governo a gente tenha uma educação diferente. No Rio de Janeiro hoje a gente vive uma situação de apartheid social", comentou o pré-candidato, citando a diferença de oportunidades no acesso à escola para ricos e pobres.

"Nós temos escolas particulares no Rio de Janeiro que a mensalidade custa R$ 10 mil, R$ 15 mil e tem fila para entrar. E as escolas públicas são marcadas pela evasão escolar. Então nós temos que fazer residência pedagógica, para que de imediato a gente consiga aumentar o tempo de aula", afirmou.

O deputado federal propôs chamar todos os prefeitos para elaborar um "grande mapa da educação", que aponte os locais onde alunos não estão sendo alfabetizados na idade certa, para planejar ações de combate ao atraso na formação escolar.

Na área de segurança, prometeu mudar os protocolos policiais. "Eles vão ter um regulamento diferenciado e humanizado. A gente não pode ter um regulamento de 30 anos atrás. Vamos ter uma evolução do quadro da polícia baseada em transparência e motivação", afirmou, defendendo uma melhoria na formação e nos equipamentos.

Freixo também criticou a falta de valorização dos policiais atualmente e disse que é preciso oferecer melhores condições de trabalho para os agentes.

"Como você fala de valorização para a polícia com um ticket de R$ 12 para a Polícia Civil? Com colete à prova de bala vencido? Com uma carga horária em que ele não consegue ter qualidade de vida nem diante da sua família? É preciso ter um investimento nessa tropa, e com modernização", comentou Freixo.

O pessebista prometeu agir para melhorar a transparência do governo, defendendo a criação de um gabinete digital com o qual a população possa acompanhar o que está sendo feito pela administração pública.

Freixo disse ainda que não vai aumentar o valor do transporte público caso seja eleito e afirmou que a mobilidade também será prioridade em seu governo. "A SuperVia é uma prioridade absoluta para mim. Nos últimos governos, a cada R$ 8 que se investiu no metrô, se investiu R$ 1 na SuperVia. A SuperVia tem que ser valorizada, recuperada", disse o político.

Para combater o desemprego, ele ainda propôs criar a Casa do Empreendedor, "onde se forneça cursos, troque experiências, tenha um espaço ali de coworking, e possa fazer com que aquilo possa funcionar". "A gente precisa fazer do Rio um celeiro de projetos, um ambiente de segurança política, jurídica e social."

Os entrevistadores foram os colunistas Kennedy Alencar e Chico Alves, do UOL, e Italo Nogueira, repórter da Folha. A última sabatina do ciclo acontece às 16h, com Cláudio Castro (PL), atual governador do Rio e que busca a reeleição.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em abril, há um empate técnico na liderança entre o deputado federal Marcelo Freixo e o atual governador, Cláudio Castro (PL).

O terceiro lugar traz oito candidatos tecnicamente empatados: Anthony Garotinho (União Brasil), com 7%; Rodrigo Neves (PDT), com 5%; Eduardo Serra (PCB), com 4%; General Santos Cruz (Podemos), também com 4%; Cyro Garcia (PSTU), com 3%; André Ceciliano (PT), com 2%; Felipe Santa Cruz (PSD), com 2%; e Paulo Ganime (Novo), que tem 1% das intenções de voto.

A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Veja os números:

  • Marcelo Freixo (PSB): 18%
  • Cláudio Castro (PL): 14%
  • Anthony Garotinho (União Brasil): 7%
  • Rodrigo Neves (PDT): 5%
  • Eduardo Serra (PCB): 4%
  • General Santos Cruz (Podemos): 4%
  • Cyro Garcia (PSTU): 3%
  • André Ceciliano (PT): 2%
  • Felipe Santa Cruz (PSD): 2%
  • Paulo Ganime (Novo): 1%
  • Brancos e nulos: 30%
  • Indecisos: 9%