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Pré-candidata do PCB critica privatizações e isenções fiscais

Colaboração para o UOL

13/05/2022 16h44Atualizada em 13/05/2022 17h27

A pré-candidata do PCB ao governo de Minas Gerais, Renata Regina, criticou, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, propostas de privatizações de estatais no estado. A comunista também cobrou o fim de subsídios para minimizar a dívida estadual.

"O governo de Minas vem tendo uma crescente de concessões de isenção fiscal, de perdão de dívida da rede suplementar de saúde. A gente não pode abrir mão de um recurso quando estamos no cenário em que a gente se encontra. A gente vem uma longa trajetória, desde 1990, em que a gente vem enfrentando esse problema de crescimento da dívida e a ausência de condições para garantir o pagamento. Regime de recuperação fiscal vai piorar a qualidade da oferta de serviços e reduzir o acesso da população."

Ela defende não pagar a dívida: "O regime de recuperação fiscal vai piorar a qualidade da oferta de serviços e reduzir o acesso da população a eles". Além disso, chamou a proposta de Zema de ultraliberal. "O Zema tem um projeto ultraliberal, quer privatizar tudo. A gente entende que isso só agrava a situação do estado", disse.

Regina sugeriu que os tributos das mineradoras sejam elevados pelo governo. "Precisamos rever a questão da tributação no estado. Precisamos tributar proporcionalmente as empresas que fazem a mineração, usam muita água, contaminam a água. Elas não têm que ter subsídio, desconto, benefício na tarifa de água. Elas têm que pagar muito mais", afirmou, criticando o que chamou de "mineração predatória".

"A gente precisa atuar contra essa lógica imposta pelo capital da mineração predatória. Essa mineração predatória que sequestra nosso território, a riqueza do nosso estado e faz com que o retorno disso vá todo para fora, que sequestra nosso meio ambiente. Lá na Serra do Curral tem espécie em extinção ameaçada, a gente sofre impactos climáticos", disse, defendendo o tombamento urgente desse local.

Também disse que vai criar um parque tecnológico para investir em infraestrutura e abrir concurso público, "outra medida que vai auxiliar no enfrentamento ao desemprego". "A gente está com deficiência na saúde, educação, e o governo tem priorizado contratação por processo seletivo simplificado. Precisamos também rever a reforma da Previdência e reverter a reforma administrativa, que não está dando o resultado esperado."

Pesquisa Genial/Quaest

Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje aponta o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), à frente na corrida eleitoral para o governo do estado, com 41% na pesquisa estimulada — quando é apresentada a lista de nomes dos pré-candidatos. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), aparece em segundo lugar, com 30%.

O senador Carlos Viana (PL) aparece em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto.

Com 41%, Zema possui mais intenções de voto do que os demais pré-candidatos somados (39%) e, por isso, há a possibilidade de vitória em primeiro turno. No entanto, por conta da margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, a pesquisa aponta a chance de a disputa ir para o segundo turno.

Foram ouvidas 1.480 pessoas entre 7 e 10 de maio. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial e registrada na Justiça Eleitoral com o número MG-03191/2022. O nível de confiança, segundo o instituto, é de 95%.