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Hoje no PDT, Rebelo diz que Ciro não vai desistir: PT só pensa em poder

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2022 09h32Atualizada em 12/05/2022 12h32

O ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) rechaçou hoje que, em meio à escalada do presidente Jair Bolsonaro (PL), a democracia brasileira esteja em risco. Ele afirmou que o PT se aproveita da "fantasia" bolsonarista para derrubar a pré-candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT).

"Ciro não vai desistir, não deve desistir e não tem por que desistir. Ele é o sopro de conteúdo nessa eleição, em que não se debate o país", disse Rebelo em entrevista ao UOL News - Manhã, programa do Canal UOL.

A manifestação do ex-ministro ocorre enquanto surgem, nos bastidores, notícias de que o PT estaria buscando minar a pré-candidatura de Ciro, de modo que as intenções de voto dele migrem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aumentando as chances de uma vitória em primeiro turno.

O PT pensa em primeiro, segundo e terceiro lugar no seu próprio projeto de poder, e não há mais um projeto de país. Aldo Rebelo (PDT), ex-ministro dos governos Lula e Dilma

Ainda que, nos últimos dias, Bolsonaro tenha voltado a atacar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro e defendido armar a população para "resistir" contra "um ditador de plantão", Aldo Rebelo classificou as recentes falas do presidente como de alguém "desorientado".

"O discurso do presidente Bolsonaro é de alguém atormentado pelo fracasso econômico, que não consegue conter o aumento de quase 100% óleo diesel no seu governo, do gás, da gasolina, do tomate", pontuou.

Para Rebelo, "o bolsonarismo alimenta a fantasia de que grupos militares podem apoiar qualquer iniciativa contra a Constituição", e grupos do PT, buscando "unanimidade" em torno da pré-candidatura de Lula — e querendo tirar Ciro do pleito —, "se aproveitam dessa ideia inviável".

"A democracia no Brasil pode sofrer solavancos, dificuldades, mas não tem outra alternativa. A democracia no Brasil não é uma escolha, é um destino. Vai ser substituída pelo quê? Uma ditadura?", indagou.

"Tenho admiração, respeito e gratidão pelo presidente Lula, mas, ao contrário do que pedem os apoiadores dele, a esperança de que o Brasil não seja submetido a essa polarização desorientada e absurda é justamente a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes."

Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem aponta Lula liderando as intenções de voto para a eleição presidencial de 2022 (46%), sendo seguido por Bolsonaro (29%) e Ciro (7%). Com esse cenário, mesmo com o pedetista ainda como candidato, o ex-presidente já venceria em primeiro turno.

Veja a entrevista completa e notícias do dia no UOL News: