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Joel Pinheiro: Generais jogaram nome na lama com ataques à urna eletrônica

Do UOL, em São Paulo

10/05/2022 13h26

Os generais Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), "jogaram o nome na lama" ao se envolverem nos ataques incentivados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas, avaliou o colunista do UOL Joel Pinheiro em sua participação no UOL News, apresentado por Fabíola Cidral.

O comentário foi feito pelo colunista ao falar sobre reportagem do jornal Folha de S.Paulo que mostra que as ofensivas do governo envolveram a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e os militares.

"O que essa matéria mostra é o quão baixo, o quão vergonhoso, o quão na lama pelo menos alguns generais jogaram o seu nome. E com eles infelizmente respingando em todas as Forças Armadas", afirmou Pinheiro.

A investigação da PF, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi aberta para apurar a live presidencial de 29 de julho de 2021, na qual Bolsonaro atacou diretamente o sistema eleitoral e levantou sem provas a suspeita de fraude na eleição de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB).

"General Heleno e Ramos, desde 2019, [estão] participando de um complô para diminuir a credibilidade das urnas eletrônicas. Eles jogaram seu nome na lama ao participar de uma patacoada dessas, de uma mentirada dessas", completou o colunista do UOL.

Pinheiro ainda comentou os recentes questionamentos que as Forças Armadas têm feito ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a respeito sistema eleitoral. "É ótimo que o TSE responda [esses questionamentos], mas mostrou-se que eles (militares) não estão no nível nem da conversa técnica propriamente dita. Eles estão num nível de receber esclarecimentos para entender melhor como funciona o sistema", disse.

"É parte da Justiça Eleitoral esclarecer dúvidas leigas, mas nesses questionamentos todos não tinha nada que possa se aproximar de alguma crítica que faça algum sentido, que mostre uma insegurança com relação às nossas urnas eletrônicas", acrescentou Pinheiro.

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