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Tebet: Se eu não for escolhida cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/04/2022 11h25

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência, defendeu hoje o nome dela como o melhor para liderar o "centro democrático" nas eleições de 2022, mas disse que, se não for escolhida para ser cabeça de chapa, também não aceitará ser vice de quem quer que seja.

"Não vou ser candidata à Vice-Presidência da República. Se eu abrir mão de uma pré-candidatura à Presidência e aceitar ser vice, estaria diminuindo o papel da mulher na política", disse Tebet ao UOL.

"Ninguém pode ter o direito de impor nada, pelo contrário: todos temos que ser altruístas e dizer que somos mais um soldado a favor do Brasil", afirmou. "A frente democrática não é pouca coisa. Uma vez escolhido seu autor principal, teremos o maior tempo de rádio e TV para falarmos do Brasil que nos queremos. Não vejo possibilidade de o MDB lançar uma candidatura avulsa em junho."

Se o centro escolher outro nome, eu estarei com esse nome.
Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB

Disse que, se não for escolhida, fará campanha normalmente pelo pré-candidato escolhido pelas legendas do "centro democrático". "Vou estar no palanque, pegar bandeira e entregar santinho", acrescentou.

O bloco de partidos formado, além do MDB, pelo União Brasil, o PSDB e o Cidadania planeja anunciar em 18 de maio uma candidatura única para as eleições de 2022, que poderá ser encabeçada por Tebet, João Doria (PSDB) ou Luciano Bivar (União Brasil).

Simone Tebet é a primeira entrevistada da série de sabatinas do UOL e da Folha de S.Paulo com os pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022. A transmissão da entrevista pode ser acompanhada pelo Canal UOL ou pelo YouTube.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março, Tebet aparece com 1% das intenções de voto em todos os quatro cenários pesquisados. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 43% e 44% (a depender do cenário), e o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%, encabeçam a disputa.