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Datena elogia Bolsonaro por demissão na Petrobras: 'Trabalha a acionista'

Datena elogia Bolsonaro - Reprodução
Datena elogia Bolsonaro Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/03/2022 18h17

O apresentador José Luiz Datena, pré-candidato à vaga no Senado, elogiou hoje o presidente Jair Bolsonaro (PL) por demitir o general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras.

Segundo apurou a colunista do UOL Carla Araújo, Silva e Luna foi informado por Bolsonaro de que não será reconduzido ao cargo na estatal, mas a oficialização da saída dele deve acontecer apenas em 13 de abril, quando haverá reunião de conselho da companhia.

Eu sou obrigado a dar o parabéns para o Bolsonaro. Eu sou obrigado. Não tem jeito. Há quanto tempo eu estou pedindo para ele mandar embora esse general Silva e Luna da Petrobras. Há quanto tempo eu estou pedindo? Praticamente, desde que o cara entrou e passou a peitar o Bolsonaro. José Luiz Datena

"Quando o petróleo cai, ele não baixa. Ele está trabalhando para acionista. Para deixar acionista rico e o Brasil se ferrando (sic)", completa.

Mais cedo, durante participação no UOL Entrevista, programa diário do portal UOL, Datena afirmou que nunca apoiou o presidente Jair Bolsonaro. "Apoiei o Bolsonaro é o cacete. Eu simplesmente o entrevistei. Grande parte da grande imprensa não admite que eu faça entrevistas com políticos".

Perguntado se votou em Bolsonaro nas eleições de 2018, ele diz que não optou por ninguém e que "o último cara" em quem votou foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Depois dele eu não votei em mais ninguém, só justifiquei. Tenho todas as minhas justificativas. Eu não sou responsável por boa parte do Brasil que está aí".

Silva e Luna passou por "fritura"

O fato de o mandato de Silva e Luna ser até março de 2023, segundo apuração do UOL, não impede a troca. O chefão da companhia vinha passando por um processo de "fritura" por causa do aumento dos combustíveis.

Apesar de Bolsonaro ter feito diversas manifestações públicas a respeito do general, alguns auxiliares de Bolsonaro, principalmente os da ala militar, tentaram orientá-lo a não efetuar a troca, sob o argumento de que a figura do presidente da estatal não tem controle dos preços. Bolsonaro, no entanto, tomou a decisão nesta segunda-feira (28) e informou a Silva e Luna.