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Ciro diz que aceita 'convocação para diálogo' com União Brasil, PSDB e MDB

Durante a entrevista à Rádio Bandeirantes, Ciro também criticou a aliança entre Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) - Evaristo Sá/AFP
Durante a entrevista à Rádio Bandeirantes, Ciro também criticou a aliança entre Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) Imagem: Evaristo Sá/AFP

Colaboração para o UOL

25/03/2022 11h57Atualizada em 25/03/2022 11h57

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena hoje, que aceita dialogar com União Brasil, PSDB e MDB sobre uma candidatura de "terceira via" que represente as siglas.

O ex-ministro da Fazenda diz que pretende manter o relacionamento com os partidos que montou aliança nas eleições municipais em 2020. "Minha diferença é muito grande mesmo, mas o Brasil tem 32 partidos, e não existe 32 ideologias, desenhos de Economia. Quem quiser governar o país precisa ter diálogo. Eu não acredito que desse 'mato saia cachorro', porque a contradição é muito grande, mas aceito a convocação de diálogo".

Dirigentes da União Brasil defendem chamar Ciro para a rodada de conversas entre partidos que discutem lançar nomes da chamada terceira via para disputar a Presidência da República. União Brasil, MDB e PSDB têm mantido conversas sobre uma candidatura única. O presidente da nova legenda (resultado da fusão de PSL e DEM), Luciano Bivar, disse em reunião com deputados no último dia 16 que o presidenciável poderia se sentar à mesa das discussões caso quisesse.

Da mesma forma, na ocasião, Bivar disse aos parlamentares que pretendia chamar o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) para negociar com as outras siglas que tentam buscar convergência na disputa ao Palácio do Planalto.

Segundo o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, os partidos podem anunciar até junho uma candidatura única.

Ciro critica aliança entre Lula e Alckmin

Durante a entrevista à Rádio Bandeirantes, Ciro Gomes também criticou a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que trocou recentemente o PSDB pelo PSB e deve ocupar a vice na chapa do petista na disputa presidencial.

"Alckmin aceitou esse balé vergonhoso, rasgado a biografia respeitabilíssima e virou socialista. [...] Esses caras colocaram a gente para brigar por 25 anos, como se um fosse encarnação de Satanás e o outro de Deus, enquanto fizeram a mesma política e destruíram a indústria nacional", afirmou.

Alckmin se filiou na quarta-feira (23) ao PSB após passar mais de 30 anos no PSDB, com a perspectiva de ser candidato a vice do ex-presidente Lula (PT) e afirmou que o petista representa a "esperança".

"Temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele [Lula] é hoje o que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Aliás, ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia", disse o ex-tucano.