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Boulos chama Eduardo Bolsonaro para debate: 'É bananinha, duvido que tope'

Colaboração para o UOL

21/03/2022 13h29Atualizada em 21/03/2022 13h41

Agora pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) chamou, durante entrevista ao UOL News hoje, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para um debate. "Como o apelido dele é 'bananinha', duvido que ele tope".

"Eduardo Bolsonaro foi o deputado mais votado em São Paulo em 2018. Não podemos deixar que isso se repita. São Paulo precisa mandar uma mensagem de derrota ao Bolsonaro na Presidência e a seu filhote. Se ele quiser, inclusive, debater comigo em praça pública, estou aqui, na hora e lugar que ele escolher", afirmou Boulos.

Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, publicada hoje, Boulos revelou que não seria mais candidato ao governo de São Paulo. Ao UOL News, o psolista disse que é necessária uma união da esquerda contra o bolsonarismo.

"Eleger o Lula vai ser fundamental, mas não basta para que a gente possa revogar todas as medidas de destruição dos últimos anos. Essa batalha passa decisivamente pelo Congresso. Tomei essa decisão para ajudar a construir uma grande bancada no Congresso", disse Boulos, que fala em dobrar a bancada do PSOL, que atualmente tem nove deputados.

Boulos diz que candidatura de Tarcísio não deve ser subestimada

Durante a entrevista, Guilherme Boulos também disse que a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo de São Paulo não pode ser subestimada.

"Vamos enfrentar dois inimigos muito poderosos. De um lado, o PSDB com sua máquina, que está fazendo tudo que não fez nos últimos anos, e do outro lado enfrentar o bolsonarismo. Não podemos subestimar a candidatura de Tarcísio, que pode ter força, sobretudo, no interior", analisou o coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Em São Paulo, a pesquisa Genial/Quaest foi divulgada na última quinta (17), com quatro cenários — todos com vantagem para Fernando Haddad (PT). O ex-prefeito paulistano aparece com 24%, seguido por Márcio França (18%), em um dos cenários testados, com nove pré-candidatos. O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e Boulos - ainda como pré-candidato -, estão tecnicamente empatados, com 9% e 7%, respectivamente. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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