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Em filiação ao Republicanos, Mourão diz que continuará leal a Bolsonaro

23.abr.2019 - O presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão - Sergio Lima/AFP
23.abr.2019 - O presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão Imagem: Sergio Lima/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/03/2022 21h02

O vice-presidente Hamilton Mourão se filiou hoje ao Republicanos, após ficar quatro anos no PRTB. Em seu discurso, Mourão afirmou que se manterá leal ao presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu "projeto de reeleição".

"Cheguei aqui como vice-presidente de Jair Bolsonaro, que sabe perfeitamente que tem toda minha lealdade e apoio irrestrito ao seu projeto de reeleição, que considero fundamental para dar rumo às soluções, para que o Brasil atinja seu destino manifesto, que é sermos a maior e mais próspera democracia liberal abaixo do Equador", discursou.

Em sua fala, o vice-presidente disse que há muitos problemas no Brasil, incluindo de ordem econômica, política e social, "todos se sucederam além do terrível espectro da guerra". Mourão também afirmou haver muito ódio trocado pelas redes sociais.

"Todas essas questões têm imensos reflexos em nosso Brasil [...] Sem aumentar a produtividade, diminuindo empregos e renda e afastando a massa da população de uma vida mais digna", completou.

Comparando a política a um conflito armado, o recém-filiado ao Republicanos disse não poder se "dar ao luxo de abandonar o campo de batalha".

Questão do petróleo é "muita histeria"

Mais cedo, Mourão chamou a alta de preços do petróleo de "muita histeria". "Porque hoje uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo é fruto primeiro da questão da pandemia, no retorno da atividade econômica. Posteriormente, desse conflito absurdo lá da Rússia e da Ucrânia. Aí, óbvio, o mercado começa a se reequilibrar", falou a jornalistas.

"O barril de petróleo Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio, essa flutuação, acredito que a Petrobras vai encaixar isso aí e vai haver uma redução no preço dos combustíveis", acrescentou.

Como citado por Mourão, os problemas econômicos são um desafio no Brasil e impactam também a percepção do governo Bolsonaro. A maneira como o país tem se posicionado sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia tem isolado ainda mais o Brasil no âmbito internacional.

Apesar de não superar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cenários de simulação de um segundo turno entre os dois, a mais recente pesquisa da Genial/Quaest apontou que a percepção pública de Bolsonaro sobre o crescente preço dos combustíveis está mais positiva do que negativa.

Quando questionados se Bolsonaro está tomando uma medida "certa ou errada" ao falar em "congelamento" de preços, 52% dos entrevistados responderam que ele está correto, e 29% reprovaram a ideia.