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Kassab: 'Ampla maioria' do PSD defende candidatura de Eduardo Leite

Colaboração para o UOL, em São Paulo *

14/03/2022 09h36Atualizada em 14/03/2022 10h28

É possível dizer "tranquilamente" que há uma "ampla maioria" de filiados ao PSD apoiando o ingresso e a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (atualmente no PSDB), à Presidência da República, segundo o líder nacional da legenda, Gilberto Kassab.

"Torço muito para que ele aceite o convite e seja o nosso candidato a presidente", disse Kassab em entrevista ao UOL News, programa do Canal UOL. "Acredito que isso vai acontecer, mas não posso falar por ele", acrescentou.

O líder partidário afirmou "ter plena convicção" de que o político gaúcho é um candidato "competitivo" para as eleições de outubro, apesar do que as mais recentes pesquisas de intenção de voto têm mostrado.

A última pesquisa Ipespe, divulgada na última sexta-feira (11), apontou Leite com 1% das intenções de voto, mesma porcentagem registrada pela senadora Simone Tebet (MDB) e pelo deputado André Janones (Avante) e logo atrás do governador de SP, João Doria (PSDB), com 3%.

Foi Doria quem venceu Leite nas prévias do PSDB para a eleição presidencial de outubro, rachando o partido entre aliados do governador paulista e os que o consideram como um candidato fraco e incapaz de representar a legenda nas eleições de outubro.

Para o ex-prefeito de São Paulo, ainda há potencial para as intenções de voto em Leite crescerem. "Faltam seis meses para as eleições, a campanha nem começou. Aliás, nem a pré-campanha, que começa em abril", afirmou.

Ainda na visão de Kassab, Eduardo Leite não deve oficializar a candidatura pelo PSD pensando em "combater candidato", mas apresentando ideias. De todo modo, o líder partidário enxerga fragilidades no presidente Jair Bolsonaro (PL) que poderiam beneficiar o governador gaúcho.

"Como ele (Bolsonaro) é governo, é mais fácil ele errar e ter desgaste. Afinal, tudo que acontecer de ruim no país, vão debitar a ele: inflação, preço da gasolina, problemas de outra natureza, cobrança de realizações etc", disse.

"Tudo isso trará ao Bolsonaro uma dificuldade maior do que para o Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, também pré-candidato)", avaliou. "Dos dois, pelo menos um estará fora de um segundo turno", acrescentou.

Segundo a pesquisa Ipespe da última sexta, Lula tem 43% das intenções de voto, liderando a corrida presidencial, enquanto Bolsonaro aparece logo em seguida, com 28%.

Em comparação com o levantamento anterior do mesmo instituto, realizado em 25 de fevereiro, Lula manteve a mesma porcentagem, enquanto Bolsonaro subiu dois pontos percentuais, de 26% para 28%, dentro da margem de erro.

  • Veja a entrevista completa e mais notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral: