Aécio sobe tom de ataques e diz que PT faz uso de mentira e infâmia

Vinícius Segalla

Do UOL, em Curitiba

Campanha presidencial 2014
Campanha presidencial 2014

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), usou de palavras fortes nesta segunda-feira (13) para criticar a atual administração que ocupa o governo federal brasileiro. O tucano disse, em entrevista coletiva concedida durante evento de campanha em Curitiba, que a únicas armas utilizadas pela candidatura do PT e pela candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), "são a mentira e a infâmia".

"Vemos uma candidata à beira de um ataque de nervos. Minha candidatura une todos que querem mudança. Inclusive, espero os votos até daqueles que votaram na outra candidatura no primeiro turno, e que agora percebem que a mentira e a infâmia são as únicas armas que restam a esta candidatura", disse o tucano, que tinha ao seu lado o governador reeleito do Paraná, Beto Richa (PSDB).

"O Paraná é o Estado que mais sofreu com essa visão mesquinha de política que que tem o governo federal, que atrasou envio de recursos para obras importantes para o povo paranaense. Eu, se eleito, vou reconciliar o governo federal com o Estado do Paraná", disse Aécio. "Pelo Paraná farei oito anos em quatro para recuperar todo o período de abandono que viveu o Estado no governo do PT."



O tucano disse ainda que uma eventual vitória da presidente Dilma seria um salto no escuro. "Qual será sua política econômica? A continuação de um modelo que já fracassou?", indagou o candidato.

Já falando sobre um eventual governo de si próprio, o candidato do PSDB disse "não ter pensado ainda" qual seria o papel do PMDB tanto no Congresso quanto na Esplanada dos Ministérios.

Questionado se adotaria a mesma posição de Marina Silva (PSB), que disse que "jogaria os grupos políticos de Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) para a oposição", Aécio foi lacônico: "Não pensei nisso ainda. Vou governar com as forças políticas que entenderem que é hora de mudança, que é preciso encerrar o ciclo perverso de corrupção que representa o PT". O PMDB, oficialmente aliado de Dilma e dono da candidatura à vice-presidência na chapa da presidente, seria essencial para que Aécio conseguisse obter maioria no Congresso Nacional.

O candidato também respondeu, sem ser taxativo, sobre uma eventual presença de Marina Silva em seu governo. "Ela [Marina] jamais pediu cargo nenhum, nunca falamos sobre isso. É possível que estejamos juntos nesta semana, para conversar pessoalmente. Mas seu apoio me tocou fundo no coração porque não é um apoio formal, simplesmente eleitoral, é uma decisão dela a favor do Brasil. Eu estaria ao lado de Marina, não tenham a menor dúvida quanto a isso, se o resultado do primeiro turno tivesse sido diferente."

Finalmente, questionado pelo UOL sobre o que achava da declaração do presidente do PSB, Roberto Amaral, de que o apoio da sigla a Aécio representa uma traição à história do partido, o candidato respondeu em apenas uma frase: "É uma opinião dele". 
 

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