Compare os 'monstros do passado' e meu governo, diz Dilma

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse nesta segunda-feira (6) que vai começar a campanha do segundo turno pelo Nordeste e voltou a criticar o seu adversário, Aécio Neves (PSDB).

"Compare a minha recessão com a dele. Compare os 'monstros do passado' com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar retórica, mas a realidade se imporá", disse Dilma.

A declaração foi feita durante entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (06) no Palácio da Alvorada, em Brasília. Mais cedo, Aécio havia dito, já em resposta a um discurso de Dilma no domingo (5), em que chamou o PSDB de "fantasmas do passado", que o país temia os "monstros do presente".

A presidente, que obteve 41,5% dos votos, se reuniu com integrantes da coordenação de sua campanha à reeleição durante toda a manhã e tarde desta segunda-feira (6).

A candidata adiantou que vai começar sua campanha à reeleição com uma reunião entre governadores e senadores eleitos no primeiro e que compoem a base aliada e que vai iniciar as viagens pelo Nordeste.

"Em princípio, eu queria dizer pra vocês, completando a sua pergunta, a tendência é começar pelo Nordeste, Sul, ir para Minas e São Paulo na sequência", disse a candidata. 

Mercado

A presidente ainda respondeu a questionamentos sobre o a reação do mercado financeiro em relação à composição do segundo turno das eleições.

Nesta segunda-feira (7), o Ibovespa teve alta de 4,72% e o dólar caiu 1,43%, em um movimento que, segundo analistas, indica uma predileção do mercado financeiro ao candidato Aécio Neves (PSDB) em relação à Dilma Rousseff (PT).

"Desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro."

Foi no campo econômico que Dilma concentrou as principais críticas a candidatura tucana nesta segunda.

Questionada sobre a equipe econômica de um eventual governo tucano, Dilma atacou Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, que foi indicado por Aécio como futuro ministro da Fazenda caso o tucano vença o segundo turno.

"Indicar o ministro Armínio Fraga é um complicador para ele [Aécio] .Porque foi justamente no período em que o Armínio Fraga era ministro [sic] que a inflação no Brasil saiu por duas vezes do limite superior da política de metas. Em 2001, a inflação foi a 7,7% e 2002 foi a 12,5%. Além disso foi na gestão do Armínio Fraga que tivemos a maior taxa de juros desse período, 45%", disse. 

Campanha presidencial 2014
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