Líderes nas pesquisas viram alvos de ataques em debate em Fortaleza

Aliny Gama

Do UOL, em Fortaleza

O último debate entre os cinco principais candidatos a prefeito de Fortaleza, ocorrido na noite desta quinta-feira (4), foi marcado por questionamentos aos sete anos de mandato do PT à frente da prefeitura.

Outro ponto focado foi o racha da aliança entre PT e PSB, que governaram juntos nesse período, mas lançaram candidatos próprios e lideram as pesquisas.

Na busca do voto de última hora, os demais candidatos também focaram a necessidade de "mudança” com propostas para melhorar a educação, a saúde, a habitação, entre outros temas. Eles também atacaram os “candidatos apadrinhados.” 

Os candidatos Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB), apadrinhados pela prefeita Luizianne Lins (PT) e pelo governador Cid Gomes (PSB), respectivamente, foram protagonistas de situações constrangedoras ao serem questionados sobre o descumprimento da aliança que teria rachado há três meses. Eles foram acusados de serem aliados políticos e ocuparem espaço para ter mais chances na cadeira da administração municipal.

Os candidatos Heitor Férrer (PDT), Moroni Torgan (DEM) e Renato Roseno (PSOL) se uniram e criticaram medidas adotadas pela prefeitura e pelo governo do Estado. "Eles estão com a caneta nas mãos e nada fizeram de significante para mudar Fortaleza”, criticou Torgan.

“Transparência é a melhor maneira para combater a corrupção. O portal da transparência da prefeitura é 'tão transparente' que não tem nada, é invisível”, atacou Férrer, destacando que, caso seja eleito, a população terá acesso a todas as transações financeiras da Prefeitura de Fortaleza.

No momento de maior ataque ao governo municipal, o candidato do PSOL afirmou que Freitas e Claudio “estão num mesmo projeto” e tanto Lins e Gomes não estão “preocupados com Fortaleza, mas, sim, com a ocupação da administração municipal.“

"Isso tudo é um jogo de interesse e quem perde é a cidade, que fica com caciques se reversando no poder”, atacou Roseno.

Tanto Freitas, quanto Claudio, quando tiveram de se dirigir um ao outro evitaram questionamentos polêmicos e resumiram-se a falar a apenas em propostas que poderiam mudar a cidade.

Freitas e Claudio enfrentam a disputa em meio ao rompimento entre a Luizianne e Cid Gomes, que foram aliados nos primeiros sete anos de administração petista. 

“Está na hora de alguém que bote moral porque estamos cansados desses debates que vejo as promessas e as coisas só piorando em Fortaleza. Se não mudarmos continuaremos sendo humilhados nas filas dos postos de saúde, do aumento da violência, com a grande quantidade de assassinatos. Não podemos acreditar em quem tem a caneta que deveria fazer e não fez”, criticou Moroni.

Mais informações sobre as eleições em Fortaleza.

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