Candidatos à Prefeitura de Porto Alegre buscam voto dos 15% de eleitores indecisos

Do UOL, em Porto Alegre

Os candidatos à prefeitura de Porto Alegre estão de olho nos 15% de eleitores indecisos que a recente pesquisa Datafolha identifica. Publicado neste sábado (21), o levantamento, feito com 829 eleitores na capital gaúcha entre quinta-feira (19) e sexta-feira (20), mostra o atual prefeito José Fortunati (PDT) na liderança, com 38%.

Logo atrás está a deputada federal licenciada Manuela D’Ávila (PCdoB), com 30%, seguida de Adão Villaverde (PT), com 3%. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Outros 10% afirmaram votar em branco ou nulo.

A coordenação de campanha de Manuela espera se beneficiar da aposta de que os indecisos buscam mudança na gestão. “Os 25% de indecisos nos chamam a atenção e são muito positivos para nós, já que estão pensando em inovação. Estamos muito otimistas sobre nossa mensagem de renovação e transparência, portanto, muito tranquilos”, destaca o coordenador da campanha da comunista, secretário estadual de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque.

Segundo Albuquerque, o objetivo é trabalhar sobre o eleitor que está começando a formular seu voto durante a campanha, principalmente quando começarem as propagandas do horário eleitoral na TV. “Estamos muito satisfeitos com os 30% do eleitorado neste início de campanha. Temos certeza de que quando Porto Alegre conhecer nossa linha sairemos vencedores desse processo”, diz Albuquerque.


A distância dos dois primeiros colocados na pesquisa não está assustando a campanha petista, segundo o coordenador da campanha Gerson Almeida. Historicamente, o PT faz um mínimo de 18% de votos em Porto Alegre, segundo cientistas políticos. E é esse mínimo que Villaverde espera alcançar em breve.

“O Villaverde é um candidato que ainda tem um caminho pela frente, que só os votos dos simpatizantes o coloca no patamar de 20%. Nossa campanha toda está organizada nesse objetivo. Chegar primeiramente aos 20% e, na sequência, quando começar de forma mais intensa a campanha na TV, disputar o restante do eleitorado”, avalia Almeida.

Ele também credita os 3% na pesquisa ao fato de Villaverde não ser um nome amplamente conhecido pelo eleitorado. Deputado estadual em três legislaturas, o petista não havia, até então, concorrido a nenhuma eleição majoritária.

“Já estávamos preparados para que nessa arrancada de campanha estivéssemos em uma situação de desconhecimento do eleitorado. Por isso precisamos trabalhar o nome do Villaverde, que é bem menos conhecido do que a Manuela [deputada federal, que já concorreu à prefeitura] e Fortunati [atual prefeito], candidatos há muitos anos. Essa pesquisa está dentro das nossas expectativas nessa largada eleitoral”, explica Almeida.

O cientista político Benedito Tadeu César explica que, historicamente, o PT faz um mínimo de 18% de votos em Porto Alegre. Além disso, salienta que 15% de indecisos nessa altura da campanha, é algo natural.

“A maioria da população ainda não está ligada na eleição. Começa a acontecer esse envolvimento a partir do horário eleitoral. E muito voto ainda pode migrar. Nesse momento, quem tem definição de voto é quem acompanha política, uma parcela muito pequena da população”, afirma César.

Para o coordenador da candidatura de Fortunati, o deputado federal Vieira da Cunha, os números demonstram uma candidatura competitiva e a aprovação do atual governo.

“Se tratando de um candidato no exercício do cargo, a aprovação demonstra um campo fértil para o crescimento da candidatura quando a campanha se intensificar. Temos um bom tempo para demonstrar o que está sendo feito e o que temos para o futuro da cidade”, diz o deputado.

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