O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou nesta segunda-feira (21), em sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo, que o fato de ter renunciado aos mandatos de prefeito e de governador de São Paulo se deva a uma "ânsia de poder". A pergunta foi feita em vídeo por um internauta, que disse: "o que é isso, caro José? Uma ânsia de poder?", arrancando risos da plateia.
“Tanto na prefeitura quando no governo do Estado, eu cumpri meu programa. O programa da prefeitura foi muito bem cumprido pelo meu vice, o Kassab. No governo do Estado, são só nove meses, e o governador [Alberto] Goldman está levando muito bem as metas", afirmou o tucano.
Política econômica deve ter equipe integrada
Serra voltou a explicar a afirmação de que o Banco Central não é a Santa Sé. “Eu acho que tem que funcionar direito e tem que ser entrosado”, disse, referindo-se ao Banco Central e aos ministérios da Fazenda e do Planejamento. "Não pode ter uma política que vai para um lado e uma que vai para o outro. Com esse entendimento, vamos conseguir fazer uma bela política econômica", afirmou.
Serra evitou comentar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter o reajuste de 7,7% para os aposentados e vetar o fim do fator previdenciário, dizendo que "quem está lá tem o domínio dos números", mas declarou que, para uma reforma na Previdência, o ideal seria "um novo sistema, para quem está nascendo hoje".
"Tomar isso como ponto de partida fica mais fácil. Não vamos afetar quem tem direito adquirido, mas a longo prazo a gente resolve essas questões", disse.
Direitos dos homossexuais
Questionado por uma internauta sobre os direitos dos gays, Serra se disse favoravel à união civil e à adoção de crianças por casais homossexuais. "Tem tanto problema grave de crianças abandonadas no Brasil", diz. "Isso vale para qualquer tipo de casal, qualquer tipo de pessoa. Não vejo por que não aprovar isso", afirmou.