Em sabatina promovida por Folha de S.Paulo e UOL, o presidenciável do PSDB, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (21) que será um "candidato do avanço", ao ser questionado se seria um representante do continuísmo ou da mudança. Ele levantou alguns temas que, segundo ele, estão sendo mal conduzidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, como educação, saúde e segurança pública, mas disse que a atual administração tem mérito em outros assuntos.
Serra iniciou sua participação na sabatina com uma brincadeira sobre a falta de definição de seu companheiro de chapa para enfrentar a petista Dilma Rouseff nas eleições de outubro.
“Eu também tenho uma enorme curiosidade [sobre quem será o candidato a vice]”, afirmou o tucano, único entre os principais candidatos a ainda não ter um companheiro de chapa. “Até o fim do mês resolvemos. Essa não é uma questão estressante para mim nem para grande parte do PSDB. Estamos procurando fazer uma boa avaliação”, completou.
Empatada com Serra nas pesquisas, a governista Dilma já escolheu o peemedebista Michel Temer como candidato a vice. Terceira colocada nas pesquisas, Marina Silva (PV) já anunciou como companheiro de chapa o empresário Guilherme Leal.
Entre os cogitados para a vice na chapa tucana estão o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, o senador Sergio Guerra (PSDB-PE), o presidente do PP, Francisco Dornelles e o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Serra evitou especular sobre o tipo de vice que quer ter em sua chapa. “Falei bem do Marco Maciel, que tinha sido um vice discreto, que falava pouco. Imediatamente deram uma manchete ‘Serra quer vice que fale pouco’”, afirmou.
“Por mim pode falar muito. O Fernando Henrique é que gosta de vice que fale pouco”, brincou.