A senadora Heloísa Helena (PSOL), candidata à Presidência, disse que "não há risco de inflação no Brasil". Ela rebateu a idéia de que haverá um surto inflacionário no país, caso assuma o poder. No entanto, não detalhou como será sua política econômica.
A senadora iniciou a série de entrevistas com presidenciáveis do "Bom Dia Brasil", telejornal da TV Globo, na manhã desta segunda-feira (18). O encontro com os jornalistas foi tenso.
Para rebater uma pergunta, Heloísa Helena citou Goebbels. A Paul Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, se atribui a idéia de repetição de uma mentira para "torná-la" verdade. Um dos entrevistadores corrigiu a pronúncia da senadora.
Heloísa demonstrou irritação também ao ter de falar sobre a diferença entre os programas de partido e de governo. Afirmou que vem tratando de seu plano de governo em seus programas eleitorais e atividades como candidata.
Sobre supostos receios de investidores externos à sua candidatura, a senadora também afirmou que "é impossível haver a fuga de capitais do país". Argumentou que o Banco Central já possui instrumentos legais para impedir a saída de investimentos.
Heloísa Helena frisou que irá manter metas de inflação e promoverá reduções na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
Para garantir a governabilidade, a senadora prometeu uma nova metodologia de elaboração do Orçamento da União em parceira com governadores e prefeitos. "O Orçamento será impositivo." Disse ainda que sua relação com o Congresso será pactuada.
A candidata do PSOL prometeu assentar um milhão de famílias em quatro anos. Ainda sobre o setor agrícola, acrescentou que pretende incentivar a produção familiar para demanda interna e o manter os nichos econômicos externos a fim de garantir uma balança comercial favorável.
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