Papo Preto #37: O hip hop como instrumento de transformação

Neste episódio de Papo Preto, o apresentador Yago Rodrigues recebe dois grandes nomes do Hip Hop Nacional: Mc Max B.O e B-Boy Pelezinho. Eles falam de suas carreiras de sucesso e de como o movimento hip hop foi importante para tirá-los de situações perigosas e ainda alçá-los a lugares nunca antes sonhados.

B-Boy Pelezinho, que nasceu no interior de São Paulo, conta que quando era pequeno nem sequer sabia que aquela dança que ele fazia na rua, herdada talvez do pai capoeirista, podia levá-lo ao mundo todo. "Demorou bastante para eu perder o medo e ir para São Paulo, cheguei a dar aulas para crianças em um projeto social antes de descobrir as competições de break", conta ele a partir de 17:09 do arquivo acima.

O dançarino começou a dançar profissionalmente, foi convidado para participar de um videoclipe do Marcelo D2, depois de uma turnê e foi parar no Campeonato Mundial. A partir daí, passou a viajar pelo mundo todo.

Max B.O encontrou nas origens da mãe, que migrou para São Paulo desde o sertão pernambucano, o seu talento para as rimas de improviso que canta. "Pernambuco tem muitos repentistas. Acho que isso tem a ver com o que tenho no sangue, vem da minha família esse gosto e apreciação pelo repente, essa oralidade de improviso da literatura de cordel (a partir de 8:34 do arquivo acima).

Os dois artistas dizem que ter a cabeça no lugar é muito importante para lidar com o sucesso alcançado. "Temos que acreditar que estamos sempre chegando. Porque às vezes o chegar lá é muito superficial e está limitado a realizar apenas um sonho ou até a uma questão material", diz Max. "Acho que o meu sonho é sempre poder realizar outro sonho" (a partir de 25:17 do arquivo acima).

Papo Preto é um podcast produzido pelo Alma Preta, uma agência de jornalismo com temáticas sociais, em parceria com o UOL Plural, um projeto colaborativo entre o UOL, coletivos e veículos independentes. Novos episódios vão ao ar todas as quartas-feiras.

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