Vésperas da COP têm reuniões de Lula, militares nas ruas e ajustes finais
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Às vésperas da abertura oficial da COP30, Belém vive uma corrida final de preparativos mesclada com policiamento intenso em pontos turísticos e com o presidente Lula focado na recepção das autoridades internacionais.
O que aconteceu
A cúpula dos chefes de Estado começa oficialmente amanhã. Líderes de diferentes países têm chegado à capital paraense e alguns deles se encontrarão com o presidente brasileiro hoje.
Lula encontra a líder da União Europeia de olho no acordo com o Mercosul. O tratado, estacionado há décadas, tornou-se uma das obsessões internacionais do petista, que vê em Ursula von der Leyen uma oportunidade do tratado realmente sair do papel.
Havia a expectativa de um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, hoje à tarde. Como o líder asiático não vem para a COP, Lula terá uma bilateral com o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang. Os dois países têm procurado estreitar os laços, em especial após o tarifaço impostos pelos Estados Unidos.
EUA e Argentina não vêm. Refratários ao discurso de sustentabilidade e não tão próximos de Lula, Donald Trump e Javier Milei já avisaram que não participarão —até a última sexta, nem os países tinham confirmado presença.
Militares nas ruas
Militares já ajudam na segurança de Belém desde segunda (3) já que Lula decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Na chegada ao Aeroporto Val de Cães, passageiros são recebidos por agentes armados da FAB (Força Aérea Brasileira) na área do desembarque.
A presença de soldados também se tornou comum nas ruas. Em áreas por onde vão circular chefes de Estado a partir de hoje, forças locais já dividem o patrulhamento com os blindados do Exército.
É comum que a GLO seja aplicada durante eventos internacionais. Ela dá às Forças Armadas e ao governo federal a coordenação da segurança. A Polícia Federal também intensificou a atuação, com mais de 1.300 agentes extras.
Segurança reforçada em pontos turísticos. No mercado Ver-o-Peso também foi reforçado o policiamento. E também há helicóptero de forças de segurança que sobrevoam a região.

Ajustes finais
A cidade sai de meses de canteiros de obras. Entre as últimas entregas estão a modernização do aeroporto de Belém e readequação do Porto de Outeiro, que recebeu seus primeiros navios de cruzeiro ontem. As duas obras foram visitadas pelo presidente Lula no final de semana. Ele está em Belém desde sábado cumprindo agendas.

No Parque da Cidade, sede da COP30, os últimos retoques. Toda estrutura da Blue Zone, área da negociação em si, está pronta. Vizinho ao parque, o Hangar Centro de Convenções, palco da Cúpula dos Líderes, também passa pelos ajustes finais.
Espaço teve uma readequação orçada em R$ 49 milhões, financiada pelo BNDES. Local funcionará como centro de eventos, transmissões e recepção de delegações internacionais.
Impacto também na população. Mudanças no trânsito passaram a valer hoje, com alteração em itinerários de ônibus, interdições e proibições de estacionamento na capital.
Cada um puxa o peixe para si. Pelas ruas, a prefeitura se concentra em limpar as principais vias da cidade, como a avenida Pedro Miranda, onde houve remoção de entulho na segunda-feira.

Governo do estado também destaca seus feitos. Por toda a cidade é possível ver anúncios e conclusões da gestão de Helder Barbalho (MDB), favorito ao Senado no ano que vem.
Belém vai virar capital. O governo publicou ontem o projeto de lei que transferiu a capital para Belém - a medida terá vigência do dia 11 ao dia 21.
Diferentes sotaques e línguas pelas ruas
População e comércio já estão em clima de grandes eventos. Ouve-se diferentes idiomas pelas ruas e restaurantes, com o alto número de delegações estrangeiras lotando os pontos turísticos.
Comerciantes dizem que têm sofrido para acertar que idioma falar ao atender. Garçons e atendentes relatam, de bom humor, que às vezes falam inglês com brasileiros e português com estrangeiros.



























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