Lula defende pesquisa petrolífera na Foz do Amazonas às vésperas da COP30

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O presidente Lula (PT) defendeu hoje, em entrevista exclusiva às agências Reuters e AFP, a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, ao mesmo tempo em que o compromisso do Brasil com o financiamento climático independente de doações unilaterais. A principal aposta do governo para a COP30 é o lançamento do TFFF (Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, na sigla em inglês).
O que aconteceu
Lula defendeu que discussões da COP30 se traduzam em ações concretas. "Nós queremos ver se é possível inaugurar uma nova fase da COP de implementação (...). Chega de discussão, agora tem que implementar o que nós já discutimos", disse ele aos jornalistas na base naval de Val de César, em Belém.
Também defendeu a prospecção de petróleo na Foz do Amazonas. "Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar", disse ele. No final de outubro, o Ibama concedeu autorização à Petrobras para fazer um estudo preliminar sobre a existência de petróleo na região da Margem Equatorial, na costa do Amapá.
Ele ressaltou que licença é apenas um "teste". "Temos autorização para fazer o teste. Se a gente encontrar o petróleo que se pensa que tem, vai ter que começar tudo outra vez para dar licença", disse ele.
Reafirmou compromisso com TFFF ao dizer que financiamento deve ser baseado em investimentos. "Estamos querendo sair da era das doações. A doação é muito importante, mas sempre fica muito aquém do que se precisa. Se não nos deram US$ 100 bilhões antes, não vão dar agora US$1,3 trilhão", disse ele.
Lula lançar nessa semana em Belém o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre). Esse mecanismo de financiamento multilateral se destina a apoiar a conservação de florestas ameaçadas de extinção usando recursos de investidores públicos e privados.
Expectativa do governo é que outros países contribuam para o TFFF. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em São Paulo que a presidência brasileira da COP30 espera que outros países doem US$ 10 bilhões em recursos públicos para abastecer o novo fundo. Até o momento, porém, apenas a Indonésia prometeu dinheiro. "O presidente da Indonésia anunciou do lado do presidente [Lula]", disse. "Mas há países ricos que vão aderir, [que] na minha opinião, devem anunciar", afirmou o ministro ao citar o G20, grupo das 20 maiores economias mundiais.
*Com informações da Reuters e AFP



























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