Haddad: 'Há caminho para que as finanças sirvam à transformação ecológica'
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que existe espaço para as finanças serem utilizadas na "transformação ecológica que o mundo exige". A declaração foi dada durante a cerimônia oficial de abertura da pré-COP30. O encontro ministerial em Brasília é o último evento preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima a ser realizada no próximo mês em Belém.
O que aconteceu
Haddad defendeu o papel da economia para a transformação ecológica. Ele disse que o Brasil levará à COP30 a mensagem de que há um caminho comum a ser construído, "com ambição e realismo, para que as finanças sirvam à transformação ecológica que o mundo exige".
Relatório final será apresentado nesta semana em Washington, nos EUA. A versão inicial será entregue durante os Encontros Anuais do Banco Mundial e do FMI. Em seguida, o relatório e a Agenda de Ação serão amplamente debatidos em São Paulo no início de novembro, antes da apresentação final na COP.
O documento será formalmente entregue ao Presidente da COP em Belém, como contribuição à construção do Mapa do Caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Compromisso foi firmado com mais de 1.200 contribuições, afirmou Haddad. O ministro disse que países e instituições contribuíram para a elaboração do relatório. Ele destacou que o trabalho do governo brasileiro está apoiado em três missões fundamentais: a criação da Força-Tarefa de Clima, a manutenção da agenda internacional e a agenda doméstica após o Plano de Transformação Ecológica, lançado na COP28 de Dubai, e garantir que as discussões conceituais produzidas no Círculo se traduzam em propostas concretas de política pública.
Ministro listou as prioridades do relatório:
- Aumentar os fluxos de financiamento concessional e os fundos climáticos, garantindo previsibilidade e condições adequadas, sobretudo para adaptação e transição justa;
- Reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento, tornando-os mais ágeis, integrados e aptos a catalisar capital privado.
- Fortalecer as capacidades domésticas e as plataformas de país, ampliando a coordenação institucional e a atratividade de investimentos sustentáveis;
- Promover inovação financeira e mobilizar o setor privado, com instrumentos que reduzam riscos e multipliquem o impacto dos recursos disponíveis;
- Aprimorar os marcos regulatórios do financiamento climático, garantindo integridade, interoperabilidade e transparência -- e fortalecendo a confiança no sistema.
Outras iniciativas são trilhadas pelo governo em conjunto com o relatório. Segundo Haddad, a agenda da COP30 também prevê a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que propõe um novo modelo de financiamento baseado em investimento, não somente em doações. Há ainda olhares para a integração dos Mercados de Carbono, voltada à harmonização e interoperabilidade dos mercados regulados, e a Supertaxonomia, destinada a assegurar a orientação para investimentos sustentáveis.
Essas iniciativas traduzem, de forma prática, o que o Círculo tem defendido: cooperação, inovação e escala para transformar ambição em resultados concretos.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda



























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