Setembro de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado, diz Copernicus

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O mês de setembro de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado, com temperatura média global de 16,11°C, que é 0,66°C acima da média de 1991-2020. O número fica apenas 0,27°C abaixo do recorde histórico, registrado em 2023. Os dados são do observatório climático europeu Copernicus.
O que aconteceu
Europa mais quente que o normal. A Europa registrou 15,95°C de média, 1,23°C acima da média histórica, tornando-se o quinto setembro mais quente do continente. As maiores anomalias foram observadas na Escandinávia e no leste europeu. Fora do continente, o calor foi extremo no Canadá, Groenlândia, norte da Sibéria e Antártida, enquanto áreas da Austrália e leste da Antártida ficaram mais frias.
As temperaturas globais continuam muito altas, refletindo o impacto contínuo do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. Samantha Burgess, líder estratégica de clima do Copernicus
Oceanos continuam aquecidos. A temperatura média global dos oceanos foi de 20,72°C, também a terceira mais alta da série histórica. O Pacífico Norte manteve recordes locais, enquanto o Pacífico equatorial apresentou temperaturas próximas da média, sinalizando condições neutras do El Niño.
Mediterrâneo supera médias históricas. Em torno da Europa, os mares permaneceram muito mais quentes que o normal, especialmente no Mar da Noruega, no Kara e em todo o Mediterrâneo Ocidental e Central.
Degelo no Ártico e na Antártida. O gelo marinho do Ártico atingiu sua 14ª menor extensão anual e ficou 12% abaixo da média, bem acima, porém, do recorde de 2012 (-32%). Na Antártida, o gelo ficou 5% abaixo da média, o quarto menor valor da história, mantendo a tendência de retração observada desde 2023.
Europa teve chuvas e secas extremas. Setembro foi mais úmido no noroeste e centro da Europa, com enchentes na Itália, Croácia e Espanha. Já o sul da Península Ibérica, o centro da Itália e os Bálcãs enfrentaram seca prolongada.
Por que importa
Os dados de setembro reforçam o diagnóstico de aquecimento persistente e eventos climáticos extremos mais frequentes, enquanto o planeta continua a acumular calor em terra e no mar, sinalizando que 2025 seguirá entre os anos mais quentes já registrados.



























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