Saara não está na lista: quais são os lugares mais quentes do planeta Terra

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Um levantamento feito pela Science Focus (SF), revista da rede britânica BBC, lista os lugares cujas temperaturas são as mais altas já registradas na história.
A tendência, segundo a SF, é de que as temperaturas nestes lugares sigam altíssimas por conta do aquecimento global, que castiga o planeta: 2024 foi o ano mais quente já registrado, tendo superado o limite de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris.
Onde as maiores temperaturas já registradas
Furnace Creek, Death Valley (Estados Unidos)

Em julho de 1913, a temperatura do ar no local detectada foi de 56,7 °C. Em julho de 1972, a temperatura do solo atingiu inacreditáveis 93,9 °C, de acordo com a SF. Como efeito de comparação, a temperatura necessária para ebulição da água é de 100 °C, apenas alguns graus acima do que registrado no chão do Death Valley.
Durante o verão no Hemisfério Norte, o Vale da Morte tem uma máxima média diária de 45 °C. Este mesmo lugar, no entanto, é coberto de neve durante o inverno. O local faz parte dos Parques Nacionais dos Estados Unidos, que considera o Death Valley como o parque nacional "mais quente e mais seco" do país.
Kebili (Tunísia)

O recorde de temperatura na África e a segunda maior de todo o mundo aconteceu na Tunísia, onde os termômetros marcaram 55 °C em julho de 1931.
Ahvaz (Irã)

Um final de tarde em junho 2017 marcou 54 °C em Ahvaz. Conforme os registros citados pela SF, o recorde aconteceu entre às 16h51 e às 17h do horário local.
Tirat Tsvi (Israel)

O calor intenso de 54 °C atingiu a cidade israelense em junho de 1942. Segundo a SF, a Organização Meteorológica Mundial (World Meteorological Organization ou WMO em inglês) classifica Israel como parte da Europa e, por isso, o recorde em Tirat Tsvi é oficialmente a temperatura mais alta registrada no continente a partir da classificação da Organização.
Mitribah (Kuwait)

A estação meteorológica Mitribah registrou, em julho de 2016, incríveis 53,9 °C. Conforme o levantamento da SF, a estação representa o local mais quente com registro confirmado na Ásia, e o calor detectado em Mitribah em 2016 foi considerado o mais elevado até então.
Basra (Iraque)

Em julho de 2016, a temperatura de 53,9 °C foi registrados em Basra. Segundo a SF, a temperatura reforça a característica do Oriente Médio em ser palco para calores recordes, com uma série de temperaturas que ultrapassam os 50 °C.
Turbat (Paquistão)

O final de maio de 2017 marcou o recorde para a cidade paquistanesa, quando o termômetro atingiu 53,7 °C. À época, a Organização Meteorológica Mundial informou que a temperatura era a quarta maior registrada até aquele momento. Apesar de ter caído algumas posições no ranking, Turbat segue sendo uma das cidades mais quentes da Ásia.
Fronteira da Al Jazeera (Emirados Árabes Unidos)

Em julho de 2002, foi registrada a temperatura de 52,1 °C no que a SF definiu como o "portão fronteiriço da Al Jazeera", nos Emirados Árabes Unidos. Em julho de 2013, a temperatura recorde na região quase foi igualada: na ocasião, o termômetro atingiu 51,2 °C.
Mexicali (México)

A fronteira do México com os Estados Unidos também já registrou temperaturas impressionantes: em julho de 1995, a cidade de Mexicali atingiu 52 °C.
Apesar de ter entrado para a lista de temperaturas mais altas, o vale de Mexicali também registra frio abaixo de zero: segundo a SF, a temperatura mais baixa registrada na região foi de - 7 °C, fazendo com que a cidade tenha um dos climas mais extremos do México: enquanto a média no verão é de 42,2 °C, no inverno a máxima média é de apenas metade: 21,1 °C.
Jeddah (Arábia Saudita)

Em junho de 2010, o termômetro em Jeddah (também conhecida como Gidá ou Jidá) atingiu os 52 °C. Na ocasião, o calor foi recorde para a região e superou os 51 °C que haviam sido registrados na vizinha Al-Asha três dias antes.
Aquecimento ameaça locais considerados Patrimônios da Humanidade
Um estudo sobre foi o tema foi conduzido pela empresa Climate X. O levantamento, divulgado em 2024, considerou os locais listados como Patrimônios da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e identificou os 50 em maior risco por conta da emissão de gases de efeito estufa até 2050.
Segundo a Climate X, a paisagem cultural da Província de Bali, na Indonésia, é a mais ameaçada pelo aquecimento global. Muito procurada por turistas, Bali conta com um sistema de irrigação que data do século 9, conhecido como Subak. Devido às mudanças climáticas, o sistema e toda a região podem sofrer com a seca e o calor extremos e eventuais inundações.

Na lista de Patrimônios da Humanidade mais ameaçados, são indicados locais construídos pelo homem e paisagens naturais. Figuram na lista, por exemplo, o Parque Nacional Kakadu, na Austrália; a cidade chinesa de Quanzhou, definida pela Unesco como "Empório do Mundo"; a região histórica de Engelsberg Ironworks, na Suécia; e a Reserva Florestal Sinharaja, no Sri Lanka. A Ópera de Sidney, conhecida mundialmente por sua arquitetura, também foi listada pela Climate X como um local ameaçado pelas mudanças climáticas, em especial eventuais inundações, tempestades e ondas.
Eventos extremos causados pelo aquecimento global podem impactar e até mesmo destruir completamente determinada região. Entre os perigos que ameaçam a Terra, estão: inundações, erosão costeira, deslizamentos de terra, ventos fortes, calor extremo, tempestades e ciclones.

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