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Contra problemas de ereção, homens comem mamífero mais traficado do mundo

Mamífero mais traficado do mundo é consumido para melhorar desempenho sexual - Reprodução/ Instagram @libassa_wildlife_sanctuary_lib
Mamífero mais traficado do mundo é consumido para melhorar desempenho sexual Imagem: Reprodução/ Instagram @libassa_wildlife_sanctuary_lib

De Ecoa, em São Paulo (SP)

03/06/2023 06h00

Único mamífero com escamas, o pangolim é considerado o animal mais traficado do mundo. Sua carne e escamas são consumidas pois acredita-se que têm poder de curar determinadas doenças e melhorar o desempenho sexual.

Pangolim - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Há oito espécies de pangolins – todas em risco de extinção – e são encontradas na África e na Ásia
Imagem: Getty Images/iStockphoto

O comércio desses animais já foi banido internacionalmente, mas fazer com que a lei seja cumprida é muito mais difícil.

A ONG WWF estima que globalmente mais de um milhão de pangolins foram caçados na última década.

Em 2019, apreensão ilegal de escamas de pangolim ultrapassou a marca de 100 milhões de dólares e foi a maior da histórica.

As escamas do pangolim, contudo, não estão nele à toa. Ele as usa para se proteger de predadores.

2.out.2014 - Filhote de pangolim-malaio acompanha a mãe no Cingapura Night Safari - Then Chih Wey/Xinhua - Then Chih Wey/Xinhua
O pangolim também é conhecido por carregar naturalmente – assim como os morcegos – o vírus Sars-CoV-2, o coronavírus. E exceto por humanos, os pangolins não possuem predadores naturais.
Imagem: Then Chih Wey/Xinhua

Quando um pangolim se assusta, ele se transforma em uma bola impenetrável e só se "desenrola" quando a ameaça desaparece. Por essa características, também é conhecido como pinha ambulante.

Pangolim caçando formigas - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
São conhecidos, na Libéria, como “ursos formigas” por sua dieta de formigas e cupins.
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Para protegê-los e lutar contra sua extinção, há na Libéria um santuário, o Libassa Wildlife Sanctuary, com essa finalidade.

No país há uma longa história de consumo de carne de caça de primatas e pangolins para consumo, uma vez que a maior parte dos habitantes vive em áreas de floresta.

Pangolim enrolado - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Eles têm línguas longas e pegajosas para lamber formigas e cupins o mais rápido possível.
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Dessa forma, o santuário se tornou uma espécie de refúgio para os pangolins. A reabilitação dos animais resgatados, contudo, não é fácil, principalmente pela alimentação.

Eles só comem formigas e cupins e os trabalhadores do santuário não podem alimentá-los com formigas e cupins em uma tigela.

Funcionário do santuário solta pangolim na Libéria - Reprodução - Reprodução
Funcionário do santuário solta pangolim na Libéria
Imagem: Reprodução

De acordo com a organização, 65 pangolins já foram levados para o santuário e, com sucesso, 44 foram libertados na natureza.

Você pode ajudar o santuário a proteger os pangolins clicando aqui!

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