'Superamigos' distribuem comida para famílias atingidas pela pandemia no RN
"Superamigos" do Rio Grande do Norte, motivados pela ação da pandemia da covid-19 sobre comunidades em vulnerabilidade, resolveram fazer uma trégua com as "forças perigosas interplanetárias" e canalizar seus superpoderes para ajudar essas pessoas.
Os Heróis Solidários realizam campanhas que arrecadam cestas básicas e fazem a festa da criançada no momento das entregas. Os "protetores da Terra" pedem ajuda para manter o projeto e apelam para o maior dos superpoderes: a solidariedade.
Longe da ficção científica e das mirabolantes histórias dos gibis, os Heróis Solidários realizam um trabalho bem real em comunidades da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
O projeto surgiu por causa das dificuldades que o próprio grupo teve durante a pandemia. Eles são músicos, cantores e recreadores. Com o fechamento das atividades, foram atingidos em cheio com a suspensão da renda vinda do entretenimento.
Maylson Gabriel recrutou os primeiros heróis. Ele explica que inicialmente pensou nas categorias, mas quando as entregas começaram, acrescentou, foi impossível não se surpreender e se sensibilizar com a situação das demais pessoas nas comunidades.
"Fechou tudo, não foi? De repente, não tinha mais apresentações. O pessoal foi segurando, mas situação foi ficando crítica. Então, juntei uns amigos e pensei: vamos formar um grupo de Super heróis e buscar a solidariedade das pessoas. No começo, era para arrecadar alimentos para o pessoal da classe artística. Mas vimos que havia a necessidade de fazer mais. As pessoas estavam passando fome nas comunidades ", contou.
Quinze superamigos vestiram as fantasias e passaram a sair pelas ruas todos os sábados e domingos. As caminhadas arrecadam entre 600 e 800 quilos de alimentos em cada ação. Eles já ajudaram mais de 50 famílias.
Todos os alimentos vêm de doações. Nos encontros, eles batem de porta em porta e vão juntando o que cada pessoa pode oferecer. "Eu idealizei, mas nada aconteceria sem ajuda das outras pessoas. Um organizou a agenda, outro arrumou as fantasias e assim a gente segue. É um trabalho feito realmente com o coração", continuou Maylson Gabriel.
Quando viram as notícias sobre os planos de combate à pandemia nos telejornais, Cleber Fonseca e Natália Resende se desesperaram. Casados há três anos, os dois tiram a renda familiar do entretenimento.
"Como que a gente, que vive de eventos, ia conseguir pagar as contas e comer? O desespero bateu quando percebemos que faltaria comida. A gente só fatura com o evento", lembrou Natália, que produz festas de aniversário, casamento etc.
O auxílio emergencial do Governo Federal e a solidariedade foram essenciais para segurar a barra ao longo do isolamento social.
"Vimos o pessoal vestido de super-herói passando perto de casa e pensamos: que loucura é essa? Mas era a ajuda chegando. As crianças se divertem quando eles chegam. E as doações de alimentos têm nos ajudado bastante. A gente só tem a agradecer pela sensibilidade deles. Começaram pensando nos músicos, mas ajudam todo mundo que estiver precisando na comunidade", acrescentou o percussionista Cleber.
Para colocar seus "superpoderes" à disposição dos Heróis Solidários, basta contribuir com qualquer valor pelo Pix. A chave é o número do CPF de Maylson Gabriel de Souza: 10707127440
Mais informações sobre as ações estão disponíveis no perfil do Instagram.
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