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Projeto promove conversas sobre design para ajudar instituições na pandemia

Emerson Niide juntou paixão pelo design com vontade de ajudar quem precisa e criou o Ux do Bem - Arquivo pessoal
Emerson Niide juntou paixão pelo design com vontade de ajudar quem precisa e criou o Ux do Bem Imagem: Arquivo pessoal

Núbia da Cruz

Colaboração para o Ecoa, em São Paulo

18/06/2021 06h00

Foi juntando a vontade de falar de design com a de poder ser útil durante a pandemia de covid-19 que nasceu, no começo de 2021, o projeto Ux Do Bem. Por meio de conversas online quinzenais falando com pessoas da área sobre User Experience (UX Design) - aquele profissional que precisa pensar em todos os aspectos da experiência entre utilizador e produto do início ao fim - os idealizadores fazem arrecadações que são, depois, destinadas a ajudar quem mais precisa.

Emerson Niide, de 35 anos, líder de produto e professor, explica que a vontade de produzir lives falando sobre o seu trabalho era antiga. No começo deste ano, uma amiga da área de design, Elisa Volpato, de 38 anos, aflita com todas as mazelas que o vírus estava provocando, juntou outra vontade, a de ajudar com o que pudesse estar ao seu alcance.

Emerson juntou tudo e comprou a ideia. "A gente não sabe costurar, a gente não sabe fazer comida, a gente não sabe fazer algo mais útil do que falar de design, vamos tentar usar isso", conta ele.

Ux do bem - Divulgação - Divulgação
Projeto promove palestras e sorteios mediante assinatura de 5 reais mensais
Imagem: Divulgação

O projeto funciona com uma assinatura mensal, a partir de 5 reais, na plataforma Catarse, que dá direito ao assinante participar de sorteios, ter acesso ao grupo fechado e ter prioridades nas perguntas durante as lives. Eles já conseguiram arrecadar cerca de 5 mil reais, que foram doados diretamente para uma instituição.

Atualmente, o Ux do Bem está arrecadando doações somente para o Solidariedade Vegan - Marmitas sem crueldade animal, um projeto criado por João Gordo e Vivi Torrico. Começou em 1 de abril de 2020 fazendo marmitas todos os dias e entregando para moradores de rua.

Vivi Torrico conta que o Ux do Bem os procurou relatando o desejo de ajudar e perguntando sobre a demanda da iniciativa. "Foi uma coisa muito simples, eles foram muito transparentes com toda a proposta." Ele disse que parte do dinheiro dessas doações eles irão utilizar para fazer uma sala de inclusão digital na Okupa Alcântara Machado.

Sorteios de livros, sorteios de mentorias, cursos, patrocínios de empresas e mais entrevistas são alguns dos planos do Ux do Bem e também, principalmente, é trazer temas de diversidades para a conversa. "Por mais que a nossa área seja muito de humanas, de pesquisa, de empatia ainda existe caso de homofobia, de racismo? Vamos continuar com as conversas sempre com essa lógica de doar todo o dinheiro arrecadado."

Emerson comenta ao Ecoa que as pessoas que participam das lives são, muitas vezes, conhecidas do mercado de trabalho, o que facilita o sucesso das conversas apesar do público potencial, por se tratar de um assunto bem específico, não ser grande. "É um mercado relativamente pequeno, mas as pessoas são muito próximas, então isso ajudou a tornar isso razoavelmente conhecível", diz.

Para conhecer e ajudar o Ux do Bem, acesse o perfil do projeto no Instagram.