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Horta comunitária de Paraisópolis produz 300 quilos de hortaliças

Detalhe da horta da favela de Paraisópolis, em São Paulo - Rodrigo Bertolloto/UOL
Detalhe da horta da favela de Paraisópolis, em São Paulo Imagem: Rodrigo Bertolloto/UOL

Lígia Nogueira

Colaboração para Ecoa, em São Paulo

01/03/2021 11h32

A horta comunitária AgroFavela Refazenda, inaugurada em outubro de 2020 em Paraisópolis, produziu 300 quilos de hortaliças em apenas dois meses. O projeto, criado pelo Instituto Stop Hunger Brasil em parceria com o G10 Favelas, tem o intuito de fornecer alimentos para os moradores da comunidade e para o Mãos de Maria, iniciativa que produz quentinhas para seus habitantes.

De outubro a dezembro, mais de mil pessoas foram beneficiadas diretamente com o recebimento de hortaliças colhidas na horta comunitária, sendo 5.045 beneficiadas indiretamente.

Instalada em um espaço de mais de 900 m², a AgroFavela tem canteiro e plantas em boxes, totalizando 60 tipos de espécies de hortaliças e frutas, e uma horta vertical com capacidade para produzir 960 pés de hortaliças, número que varia de acordo com as condições climáticas e o tempo de desenvolvimento de cada uma.

A ação também distribui mudas e capacita mulheres para o cultivo de hortaliças em suas casas, gerando oportunidade de trabalho e renda por meio da venda de parte da produção. Segundo o Instituto, 59 mulheres e cinco homens receberam treinamento. No dia 12 de março será realizada uma oficina especial em homenagem ao Dia da Mulher.

Andreia Dutra, presidente do Instituto Stop Hunger no Brasil, diz em texto de divulgação da iniciativa que a horta comunitária também ajuda a disseminar o conceito de fazendas urbanas no contexto das comunidades carentes, como Paraisópolis, explorando possibilidades como hortas verticais, utilização de espaço em quintais, lajes e canteiros para plantio e cultivo de alimentos.