A liga antirracista

Luta sindical iniciada pelos primeiros jogadores negros transformou a NBA na liga mais engajada dos EUA

Mariana Lajolo e Natasha Madov Colaboração para Ecoa, de Nova York (EUA) Kevin C. Cox/Getty Images/AFP

Três meses depois da suspensão da temporada por causa da pandemia da Covid-19, a NBA (sigla em inglês para National Basketball Association), liga profissional masculina de basquete dos Estados Unidos, emergiu com um plano ambicioso para os playoffs, que seriam disputados no isolamento de uma "bolha" construída num complexo de resorts na Disney World, em Orlando, na Flórida.

Nesse cenário, os jogadores, alguns deles entre os atletas mais bem pagos do mundo, usaram seu poder dentro da organização para, com negociações duras e boicotes, chamarem a atenção à questão do racismo nos Estados Unidos e incentivar o voto nas eleições presidenciais, marcadas para novembro.

Em qualquer outra das grandes ligas do esporte profissional norte-americano, talvez a história terminasse diferente. Mas, na NBA, Los Angeles Lakers e Miami Heat começam a decidir a partir desta quarta-feira (30) o título de uma temporada que engajou os superastros e seus seguidores pelo mundo em pautas de justiça social e direitos humanos, inclusive com a benção da cartolagem - a liga fez uma doação institucional de US$ 300 milhões (R$ 1,7 bi) para criar uma fundação em prol do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

Mas, para entender como o basquete é essa exceção política e histórica entre os esportes profissionais nos Estados Unidos, é necessário voltar à NBA dos anos 1960.

Sei que as pessoas cansam de me ouvir falar isso, mas nós, pessoas negras, estamos com medo na América. Homens negros, mulheres negras, crianças negras, estamos apavorados.

LeBron James, após Jacob Blake ser atingido por disparos de policiais nos EUA

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No começo, direitos civis

A história da intersecção entre excelência esportiva e atuação política da NBA começa com Bill Russell. Hoje com 86 anos, Russell, que fez sua carreira pelo Boston Celtics, é sem dúvida um dos grandes nomes do basquete norte-americano. Ele ganhou 11 títulos pelos Celtics em 13 anos de carreira nas quadras, incluindo cinco prêmios de MVP, dado ao melhor jogador da competição. Foi não só um dos primeiros jogadores negros da NBA, mas o primeiro negro a alcançar status de estrela.

"Quando Russell entrou no Celtics em 1956, ele era o primeiro negro no time. Na verdade, a NBA toda tinha apenas 11 afro-americanos naquele ano", disse a Ecoa Murry Nelson, professor da Penn State University e autor de uma biografia do jogador. "O pensamento da época é que negros não jogavam bem o suficiente para competir em nível profissional, o que é um indicativo da discriminação racial da época", completa.

Russell também fez história na beira da quadra: foi o primeiro treinador negro, inclusive assumindo a posição enquanto ainda jogava pelos Celtics, a vencer um campeonato nessa função inédita. É um dos poucos jogadores de basquete nos Estados Unidos que foi campeão no torneio olímpico e nos campeonatos universitário e profissional.

Mas o legado de Russell não se limitou aos que acontecia na frente das câmeras e arquibancadas. Ele, que era conhecido por sua postura contra o racismo e a favor dos direitos civis dos anos 1960, amigo de Martin Luther King e Malcolm X, também foi o primeiro a fazer um ato de protesto contra racismo dentro da NBA.

Em 1961, os Celtics estavam em Lexington, Kentucky, para um jogo-exibição contra o St. Louis Hawks. A cidade ainda seguia as leis segregacionistas e, quando dois jogadores de Boston chegaram à lanchonete local, uma garçonete se recusou a atendê-los. Russell se juntou a eles, que comunicaram ao treinador Red Auerbach que os três também se recusariam a jogar e iam voltar a Boston no primeiro voo. Auerbach apoiou a decisão, outros jogadores negros do Hawks também boicotaram a disputa e o jogo aconteceu apenas com atletas brancos.

Em uma entrevista de 2013, relembrando o episódio, ele comentou: "Eu disse [para o técnico que a gente ia embora] porque era importante para mim que todos, em todos os lugares, soubessem que os jogadores negros decidiram que iam lutar pelos seus direitos".

Russell teve o apoio de seu treinador e posteriormente do dono do Boston Celtics para o boicote não só porque era uma estrela, mas porque estava ligado a outra organização forte dentro da liga: o sindicato.

Isso mesmo: todos os grandes e riquíssimos jogadores da NBA, como Michael Jordan, Magic Johnson, Shaquille O'Neal, Kobe Bryant, Kevin Durant, Stephen Curry e cia. foram ou são sindicalizados. LeBron James foi inclusive vice-presidente do grupo até fevereiro de 2020.

Cincinnati/Collegiate Images via Getty Images Cincinnati/Collegiate Images via Getty Images

Atleta também é trabalhador

A associação nacional de jogadores de basquete, conhecida como NBPA, é o sindicato que reúne os jogadores da NBA. A entidade, fundada em 1954, é a mais antiga entre as associações de atletas das quatro grandes ligas profissionais dos Estados Unidos (as três outras são a NFL, do futebol americano, a NHL, com o hóquei, e a MLB, com o beisebol).

Durante seus dez primeiros anos, a entidade brigou para ser reconhecida oficialmente pelos donos dos times e ter suas reivindicações atendidas, como salários melhores, limite de jogos-exibição por temporada, pagamento de despesas de mudanças e planos de aposentadoria.

A situação mudaria em 1964, quando jogadores ligados à NBPA, muitos deles do Boston Celtics, resolveram forçar os times a reconhecer suas demandas, já que os cartolas haviam se recusado a sentar com os representantes sindicais fora da temporada. Para isso, fizeram uma manobra arriscada: em janeiro, minutos antes do All-Star Game - jogo festivo com as estrelas da liga - que marcaria a primeira transmissão de TV ao vivo da NBA, os jogadores se fecharam dentro do vestiário momentos antes da partida e se recusaram a sair até que os cartolas concordassem com suas exigências, entre elas, o plano de aposentadoria. Foram 22 minutos de negociação e ameaças, até que os representantes da liga concordaram com as reivindicações e o jogo ocorreu após um pequeno atraso.

"A NBA realmente precisava da televisão naquela época, porque o faturamento dos jogos costumava ser baixo porque eles não vendiam muitos ingressos. Quem fez a NBA foi a televisão, embora ninguém soubesse disso ainda", explicou Nelson.

Essa greve-relâmpago de 22 minutos foi um ponto de virada para a NBPA, que começou a ganhar importância e força dentro da NBA. E um dos jogadores que estava dentro do vestiário, segurando as portas enquanto os cartolas xingavam e bufavam, era justamente Bill Russell.

Outro atleta negro crucial para entender a dinâmica entre os jogadores e a alta cúpula da NBA é Oscar Robertson. O armador fez sua carreira entre 1960 e 1974 jogando pelo Cincinnati Royals e Milwaukee Bucks, onde fez dupla com Lew Alcindor, que se converteria ao Islã e mudaria de nome para Kareem Abdul-Jabbar.

Mas Robertson também brilhou como líder sindical. Como presidente da NBPA, em 1970 ele entrou com uma ação judicial contra a NBA que até hoje é considerada um dos processos mais importantes na história da liga. O sindicato queria impedir a fusão entre a NBA e outra liga profissional de basquete - a ideia era evitar que o monopólio prejudicasse os salários dos atletas. Após seis anos de disputas, a justiça autorizou a fusão das duas ligas, mas mudou as regras dos contratos de agentes livres, o que resultou num aumento considerável de remunerações e contratos mais estáveis para todos os jogadores da NBA.

"Não se pode esquecer também que os jogadores de basquete são literalmente mais visíveis, por causa dos seus uniformes," alerta Nelson. "Isso dá a eles uma vantagem que atletas de outros esportes, como o futebol americano, não têm", diz Nelson.

Nosso trabalho não terminou porque, como podemos ver quase toda semana, a ameaça às vidas negras é real e iminente.

Kareem Abdul-Jabbar, em coluna para o "The Guardian"

Vernon Biever/NBAE via Getty Images Vernon Biever/NBAE via Getty Images

O poder do dinheiro

"O que diferencia os jogadores da NBA das outras ligas é que eles têm contratos garantidos. Se eles assinam um contrato por cinco anos, mesmo se eles são cortados do time, o time tem que pagar os cinco anos. Enquanto na NFL os times detêm o passe do cara por dois anos e meio, três anos, mas o contrato não é garantido, e eles nem ganham tanto dinheiro assim", disse Louis Moore, professor de história afro-americana e do esporte na Grand Valley State University e produtor de um podcast sobre atletas negros.

"Então, um jogador negro de futebol americano pode até ter opiniões fortes a respeito de temas sociais e querer falar sobre elas, mas ele sabe que tem pouco tempo de contrato, não está ganhando o mesmo salário que as estrelas do time e se for cortado, já era. Ele vai preferir ficar quieto", completa.

"Outra tendência que está facilitando a mobilização dos atletas da NBA é que as empresas que os patrocinam estão deixando que eles se manifestem sobre causas sociais. A gente vê uma Nike tomar partido do LeBron em vez de cancelar o contrato, quando antigamente, independentemente do esporte, havia sempre o medo de uma Coca-Cola cair fora se o jogador falasse algo controverso. Mas agora, meio que tudo bem se eles fizerem isso", afirma Moore.

Após a luta pelos direitos civis e do estabelecimento do sindicato como uma entidade de defesa dos interesses dos jogadores, os anos 1970 e 80 continuariam a ver um aumento na proporção de jogadores negros na NBA.

Kareem Abdul-Jabbar foi um dos principais nomes dessa fase que seguiu a tradição de ativismo de Russell. Abdul-Jabbar começou no basquete universitário na Califórnia no fim dos anos 60, e optou por boicotar os Jogos Olímpicos de 1968 como protesto contra o tratamento desigual dado aos negros nos Estados Unidos.

Em 1971, ele divulgou publicamente sua conversão ao islamismo. Na época, ele jogava pelo Milwaukee Bucks. Em 1975, foi transferido para o Los Angeles Lakers, onde se aposentou em 1990.

Mas se décadas de 1980, 90 e o início do século apresentaram talentos incríveis como Michael Jordan, Magic Johnson, Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, nenhum deles se destacou por se manifestar agressivamente contra o racismo ou contra injustiça sociais, mesmo com casos como o de Rodney King, que foi espancado por policiais em Los Angeles em 1992 e gerou onda de manifestações por toda a cidade - o episódio, que ficou conhecido como "Los Angeles Riots", foi relembrado este ano com imagens da cidade em chamas pelos protestos contra a morte de George Floyd.

O silêncio nos anos 1990 esteve, mais uma vez, ligado a eles, os contratos de publicidade, de acordo com Moore.

"Na época de Russell, atletas negros não eram chamados para fazer publicidade, nunca. Esses megacontratos só começam a acontecer na época de O.J. Simpson (então astro do futebol americano), no início dos anos 1970. Então quando os atletas começam a ganhar esse tipo de dinheiro entre os anos 70 e os 2000, até quando chega o LeBron [James], não é de se admirar que a pessoa pense antes na empresa do que na sua comunidade, certo? Não estou dizendo se é certo ou errado, simplesmente é o que acontece. Mas uma vez que LeBron, Dwayne Wade e outros falam o que querem e não sofrem represálias, isso liberta outros atletas para fazer e dizer o que querem, também", afirma.

Essa mesma liberdade foi sentida pelo pivô da seleção brasileira Cristiano Felício, 28, que joga desde 2015 pelo Chicago Bulls. Felício contou a Ecoa que se juntou aos protestos depois da morte de George Floyd, em maio, em Minneapolis: "Para mim o que mais dói hoje em dia, de tudo isso que está acontecendo, é não saber se vou ser o próximo, se vou sair na rua e voltar pra casa", afirmou.

Acho que tudo isso que vem acontecendo na NBA é fruto da consciência e da vontade dos atletas em se manifestarem como cidadãos. A NBA entende e tem uma postura diferente de muitas ligas pelo mundo, usa sempre o diálogo e o bom senso nessa conversa. Isso evita conflitos e resulta em mensagens mais fortes e ações bem organizadas.

Cristiano Felício, jogador brasileiro do Chicago Bulls, a Ecoa

Toronto Raptors/Divulgação Toronto Raptors/Divulgação

Todo mundo na bolha

De volta a junho de 2020. Neste ano em que tudo está fora da ordem, a liga anunciava seu plano ambicioso para a fase final da temporada, que consistia em isolar a partir de julho centenas de jogadores, familiares, equipes de apoio, jornalistas e outros profissionais em Orlando, com protocolos rigorosos para evitar a transmissão da Covid-19.

A proposta, no entanto, não foi aceita de cara pelos jogadores. Em junho, Kyrie Irving, do Brooklyn Nets, mobilizou outros 80 atletas para discutir a "bolha da Disney" em uma videoconferência que durou uma hora e quarenta minutos. Participaram nomes como Kevin Durant, Carmelo Anthony, Dwight Howard e Donovan Mitchell, assim como Tiffany Hayes, Kristi Toliver, Renee Montgomery e Natasha Cloud, todas jogadoras da WNBA, a liga feminina profissional, que teria começado sua temporada 2020 em maio.

A pauta não era sobre os riscos de saúde que enfrentariam. A questão era se, em vez de jogar as finais, não seria melhor usar a visibilidade dos astros para protestar contra o racismo e levantar discussões sobre a morte de George Floyd. Havia argumentos pró e contra retomar a temporada, mas o consenso era que a decisão, seja ela qual fosse, teria que ser unânime. Os jogadores também não estavam felizes com o fato de não terem sido consultados pela liga se queriam retomar os jogos.

Mas nem todos concordaram com uma possível greve. O superastro LeBron James, que não participou da videoconferência, queria tanto terminar a temporada quanto usar os playoffs para promover o movimento Black Lives Matter e incentivar o voto nas eleições presidenciais de novembro.

A ideia de aproveitar o palco das finais em meio à pandemia para chamar atenção para o movimento foi acatada por todos. E a NBA aceitou as condições. Os playoffs, então, transformaram-se em um grande ato contra o racismo: joelhos ao chão durante o hino nacional - atitude que em 2016 rendeu a Colin Kaepernick, quaterback do 49ers, posto de persona no grata na NFL-, camisetas estampadas com dizeres como "Black Lives Matter" e "Justice" no lugar do nome dos atletas, entrevistas engajadas e várias outras manifestações passaram a ocupar a quadra e as transmissões da TV.

A meta havia sido alcançada, e a NBA, por sua vez, amplificado o alcance da luta antirracista. Isso até 26 de agosto, quando a realidade se mostrou muito mais cruel. Três dias antes, um vídeo havia viralizado nas redes sociais. Nele, Jacob Blake, 29, recebia sete tiros pelas costas de um policial ao tentar entrar em seu carro, onde estavam três de seus filhos.

Diante de mais um caso de violência policial nos Estados Unidos contra negros, os jogadores do Milwaukee Bucks decidiram não disputar o jogo daquela rodada contra o Orlando Magic — Milwaukee fica a 65 km da cidade de Kenosha, em Wisconsin, onde Blake foi alvejado. Argumentaram que era impossível continuar jogando enquanto a realidade não mudava "fora da bolha".

A NBA acabou suspendendo as outras duas partidas do dia. A decisão dos Bucks foi tomada no vestiário, minutos antes da partida. Apesar de não ter sido informada com antecedência, a direção do time deu respaldo aos atletas. Mas o ato unilateral incomodou membros de outras equipes.

Todos os jogadores e técnicos, então, foram chamados para uma reunião no complexo da Disney para definir se a temporada deveria acabar ali. Alguns queriam furar a bolha, outros argumentaram que não era a hora de perder o palco.

O conselho final foi dado por Barack Obama, ex-presidente norte-americano e fã de basquete. Chris Paul, atual presidente do sindicato dos jogadores, e LeBron James procuraram Obama para conversar. James estava nervoso e frustrado. Queria encerrar a temporada ali mesmo. Obama o ajudou a mudar de ideia e incentivou os atletas a aproveitarem o momento para ampliar o alcance do movimento, mexendo com os donos dos times, que detêm o dinheiro, e influenciando o cenário político e as próximas eleições.

Megan Jelinger/AFP Megan Jelinger/AFP

Legado da temporada

Os jogadores se comprometeram a voltar às quadras, mas pediram novas medidas: a formação de uma coalizão por justiça social, o comprometimento de que todos os ginásios de times da NBA fossem transformados em locais de votação na eleição para presidente e a criação de propagandas a serem veiculadas na TV em todos os jogos de playoffs promovendo o engajamento civil nas eleições e falando sobre acesso ao voto. Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório e, na última eleição presidencial, 43% dos eleitores não votaram — a principal queda foi entre eleitores negros.

Seguindo as reivindicações de seus astros, a NBA anunciou a criação de uma fundação que atuará na educação e na iniciação profissional de jovens em comunidades negras, além de promover igualdade social e racial. Serão investidos US$ 30 milhões por ano (US$ 1 milhão por time) pelos próximos dez anos.

A bola laranja voltou a ser jogada. Mas entre os fins dos playoffs e o início das finais, outra vítima negra de violência policial se infiltrou nas discussões na bolha da Disney: Breonna Taylor, ainda que meses após sua morte. Taylor era uma técnica de enfermagem que foi assassinada com seis tiros em seu apartamento em Louisville, Kentucky, em 13 de março, durante uma trágica ação policial.

Seu caso também esteve presente nas manifestações de junho, junto com a morte de George Floyd, mas neste 23 de setembro os três policiais responsáveis pela ação foram levados a júri e responderão por acusações leves, nenhuma delas relacionada à morte de Taylor. Nos últimos dias já aconteceram protestos por todos os Estados Unidos contra a possibilidade de impunidade no caso.

Não faltaram manifestações na NBA. Desde a diretora executiva da NBPA, Michele Roberts, passando por técnicos como Lloyd Pierce, do Atlanta Hawks, e Brad Stevens, do Boston Celtics, e chegando a jogadores como LeBron e Jaylen Brown, que disse: "Nós temos mães. Temos irmãs, sobrinhas, tias. E as mulheres negras têm passado por traumas tanto quanto os homens", disse.

Na próxima semana, a NBA conhecerá o seu novo campeão. Mas ninguém sairá da bolha do mesmo jeito que entrou. Os jogadores conheceram o tamanho de sua força e a usaram como nunca. Hoje não são apenas vozes ativas nas mídias sociais e na TV, mas também instrumentos de transformação real nos movimentos sociais e na política. A liga abraçou a causa.

A pessoa mais desrespeitada na face da Terra é a mulher negra. Eu prometo que farei o meu melhor para mudar isso o quanto eu puder e ainda mais. Meu amor a vocês, rainhas, deste país e além.

LeBron James, após saber do julgamento dos policias responsáveis pela morte de Breonna Taylor

Kevin C. Cox/Getty Images/AFP Kevin C. Cox/Getty Images/AFP

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