Compartilhar a vida, trocar experiências boas e ruins, dar e receber carinho, constituir família e discutir a relação. Experiências que para tantas pessoas podem parecer triviais, uma parte natural de nossa humanidade, para muitas significa a revolução pelo amor e pelo afeto em uma sociedade que as subjuga e agride.
A partir de relacionamentos transcentrados, isto é relacionamentos formados unicamente por pessoas trans, elas encontraram não só uma forma de resistir no país que mais as mata, como um caminho de fortalecer sua própria individualidade e coletividade, e de criar suas próprias narrativas de felicidade.
"Vamos aprendendo não só a ter uma relação saudável e conhecer um ao outro, mas a nos conhecer também. Vi o quanto ele cresceu e como eu cresci também. Transcentrar é um posicionamento político. É muito potente", conta Marina Mathey, cantora, diretora e colunista de Ecoa, que desde 2020 está em um relacionamento com Digg Franco.
Para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans, neste sábado (29), Ecoa conversou com cinco casais transcentrados de diferentes regiões do Brasil para mostrar a força do afeto e sua importância para a construção de uma sociedade sem transfobia.
De mãos dadas, elas e eles compartilham momentos importantes, como a chegada do primeiro filho e a cirurgia de reafirmação de gênero, o lançamento de um negócio e a criação de novas formas de amar e resistir.