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Tecnologia social

Instituto Coca-Cola Brasil completa 20 anos criando novos parâmetros de alcance para programas sociais

oferecido por Selo Publieditorial

O que têm em comum Stefany, jovem de Paraisópolis em busca do primeiro emprego, e a diretoria do Instituto Coca-Cola Brasil? O foco no impacto social de escala. "Meu sonho", diz Stefany sobre o Plano de Vida que desenvolveu no Coletivo Jovem, "é cursar Serviço Social e fazer um projeto grande. Ver as pessoas felizes me faz feliz, e se eu conseguir um grande número de pessoas felizes, vou ficar mais feliz ainda".

Não muito diferente dos planos do ICCB: depois de 20 anos de desenvolvimento de tecnologias sociais pioneiras que resultaram, entre outros, em um dos maiores programas de empregabilidade do Brasil, a ideia é descobrir como crescer mais e impactar ainda mais gente. Hoje, o ICCB opera em capacidade máxima. E o que pretendem é mudar a definição de máximo. "Realizamos impacto em escala pelo país, é relevante, temos que nos orgulhar. Mas são mais de vinte milhões de jovens em situação de vulnerabilidade no Brasil. Precisamos mudar o crescimento da escala para exponencial", diz Daniela Redondo, diretora executiva do Instituto.

Tecnologia Social em evolução

Criado em 1999 na primeira onda da responsabilidade social corporativa, o Instituto Coca-Cola Brasil começou com parcerias de programas de educação e, posteriormente, meio ambiente. Uma ferramenta para unificar e tornar mais eficiente a estratégia de investimento social privado das empresas do Sistema Coca-Cola Brasil.

A partir de 2009, no entanto, na esteira da ascensão da nova classe média brasileira e de uma evolução do papel das empresas na responsabilidade social, o ICCB muda de estratégia. Já como OSCIP, ganha papel de entidade responsável pelo desenvolvimento de tecnologias sociais capazes de repetir nesse âmbito o impacto que a Coca-Cola tem no mundo dos negócios.

O Coletivo Jovem, programa de empregabilidade do Instituto do qual Stefany faz parte, é um marco nessa jornada do que Daniela define como "escala qualificada" do ICCB. "Um projeto assim não poderia ser pequeno. Teria que se retroalimentar e ter conexão com o negócio. Para aprender o que é e como fazer escala no mundo social, essa escala qualificada que buscamos, precisávamos desenvolver a expertise social para uma ação com essas características", explica Daniela, que, na época, já estava à frente da empreitada. O ICCB, então, tornou-se essa entidade. Ampliou em mais de 20 vezes seu quadro de funcionários, passou a criar programas autorais e a produzir conhecimento open source na área.

O Coletivo Jovem foi o primeiro programa do tipo da Coca-Cola em todo o mundo. É um case da empresa. Nas outras Cocas, fundação de impacto social é uma coisa, negócio é negócio. Nesse sentido, somos pioneiros

diz Daniela

Hoje, o ICCB atua em duas grandes causas diretamente alinhadas à cadeia de valor do Sistema Coca-Cola Brasil: empregabilidade de jovens e acesso à água. Para isso, tem dois programas principais. Um deles é o Coletivo Jovem, que completa dez anos inspirando e empoderando jovens de comunidades urbanas de baixa renda por meio da capacitação, desenvolvimento profissional e conexão com oportunidades reais de emprego.

O segundo é a Aliança Água + Acesso, lançada em 2017 em um modelo inovador, fruto de um desenvolvimento de tecnologias e conhecimento social do Instituto. Com sua experiência em projetos sociais em larga escala e diante de dados como o fato de que metade dos projetos de água e saneamento na América Latina fracassam em até cinco anos após sua implantação por não contarem com modelos para sua viabilidade e continuidade, o ICCB criou um modelo para evitar problemas conhecidos e buscar soluções inéditas. Era evidente que agir de forma isolada teria um impacto limitado e insuficiente.

Foi criada então uma aliança intersetorial em que o ICCB abriu mão de ter um programa autoral para garantir que ele seja viável mesmo na eventual falta de um dos elos (inclusive do próprio ICCB). "Hoje, entendemos que junto a gente faz melhor e maior, há um trabalho visando a solução dos problemas, e não só para ter o próprio programa", diz Daniela.

Números na prática

Desde seu início, os dois programas já impactaram quase 300 mil pessoas (220 mil no Coletivo Jovem e 77 mil no Água+ Acesso). Gente como Bruna Pereira, de 24 anos, moradora desde sempre do Parque Arariba, periferia da zona sul de São Paulo. Há sete anos, Bruna participou de uma turma do Coletivo Jovem. "Nunca tinha passado por uma entrevista de emprego na vida. Lá a gente fez dinâmicas, aprendeu como se portar numa entrevista, preencher currículo... eu não tinha bagagem nenhuma e lá aprendi tudo isso. E comecei a pensar no que queria fazer. Só que não imaginava que isso ia abrir uma porta gigantesca pra mim", conta.

Através do Coletivo, conseguiu seu primeiro emprego como Jovem Aprendiz na FEMSA. Com essa oportunidade, Bruna pôde seguir estudando e construindo sua carreira. Hoje, é analista sênior na mesma empresa e termina este ano sua pós-graduação em Gestão de Negócios. Exatamente como havia sonhado na atividade da construção do Plano de Vida, um dos pontos altos do curso.

Como muitos dos jovens do Coletivo, ela aponta a autoconfiança como um dos principais ganhos que teve. Mais do que a qualificação técnica, o curso trabalha competências sócio-emocionais como protagonismo, comunicação, autonomia e pensamento crítico, além da importância de planejar o futuro.

Divulgação Divulgação

"E eu era extremamente tímida, então para mim foi um avanço muito grande", conta Bruna. "Não acreditava que ia passar, não acreditava no meu potencial. Para mim foi chocante", conta sobre a aprovação que mudou sua vida. "Quando aconteceu isso, comecei a confiar mais em mim e comecei a buscar. Os jovens, principalmente da periferia, como é o meu caso, não têm muita oportunidade. E aí quando aparece, a gente agarra com toda a força".

Através dessa porta de entrada, Bruna construiu sua carreira. E não está sozinha: como ela, outros 60 mil jovens se colocaram no mercado de trabalho depois do Coletivo. Entre eles, dois colegas de turma de Bruna, que trabalham com ela até hoje na mesma empresa. E sua irmã mais nova, que seguiu seus passos e já foi efetivada após um ano de Jovem Aprendiz. "Os jovens têm muito potencial, mas a gente não acredita que é capaz. As empresas que forem incentivando e lapidando essas pedrinhas têm uma riqueza muito grande", diz. Dica de quem sabe do que fala.

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