Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Dicas para o fim de semana: Colunistas de Ecoa contam o que andam lendo

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A realidade anda impraticável, o mundo vai se acabando assim, aos poucos. E eu que sempre achei que era de uma vez só, com um estrondo furioso no céu, talvez. Parece que não. Ailton Krenak, Sidarta Ribeiro e Chimamanda Ngozi são algumas das vozes mais inspiradoras do nosso tempo, por muitos motivos. Cada qual com os seus. É da cabeça e do coração dessas três pessoas que nasceram algumas das ideias que me fizeram pensar muito nos últimos dias. Que me trouxeram até a proposta deste texto.
Sidarta, em "Sonho Manifesto", escreve que precisamos reaprender a sonhar. Que fomos deixando pelos caminhos da chamada trilha civilizatória um punhado de rituais importantes. Foi em algum lugar deste caminho que ficou o ato de compartilhar o que se viveu de noite. O mundo pede pressa, sem muito tempo para imaginar. Resumiu assim: "Somos seres movidos por crenças, que por sua vez são construídas por narrativas". Muitas delas, ele defende, aparecem nos sonhos que não prestamos mais atenção.
Chimamanda costura a ideia de que "primeiro imaginamos o mundo que queremos, depois caminhamos em direção a ele". Sem sonhos que alimentam a imaginação, o caminho é em círculos. Ou em direção a lugar nenhum. E é aí que entra Ailton Krenak.
Em "Ideias para Adiar o Fim do Mundo", o pensador defende que uma das maneiras mais poderosas para perpetuarmos nossa estadia por aqui, nos mudando radicalmente para conseguir alcançar isso de maneira saudável para todo mundo, é suspendendo o céu: "Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte. Não o prospectivo, mas um existencial. É enriquecer nossas subjetividades". E pronto, chegamos onde eu queria.
O que anda lendo, assistindo, escutando as muitas pessoas que nos rodeiam, que as ajudam a suspender o céu, como defende Ailton? Ou a imaginar o mundo em que queremos estar, como descreve Chimamanda. O que tem ajudado a construir as narrativas sobre este lugar seguro, acolhedor e promissor para todas as maneiras de ser e estar no mundo, como diz Sidarta?
Sim, lendo esses autores, as coisas se encontraram nessa pergunta: o que eu poderia começar a ler, escutar, assistir ou viver já neste fim de semana, que me ajudaria a ter ideias para adiar o fim do mundo? Vou começar escutando alguns colunistas de Ecoa.
"Humanidade: uma história otimista do homem", de Rutger Bregman
Indicação de MM Izidoro
"O último ancestral", de Alê Santos
Indicação de Milo Araújo
"30 poemas de um negro brasileiro", de Oswaldo de Camargo
Indicação de Mariana Belmont
"Por que amamos?", de Renato Nogueira
"Homens Pretos (não) Choram", de Stefano Volp
Indicações de Edu Carvalho
"Por que começo do fim", de Ginevra Lamberti
Indicação da Mari Rodrigues












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