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Confiança é a base que sustentará qualquer negócio no futuro
É possível uma grande corporação gerar valor para a sociedade e fazer grandes transformações, ao mesmo tempo em que mantêm o lucro esperado pelos acionistas?
Minha jornada profissional me mostrou que sim, é possível que empresas, por meio de suas marcas, criem modelos de negócios autossustentáveis, transformem os antigos e ainda garantam a rentabilidade de seus negócios, metas e lucro.
Mas existe um acordo e ele é indiscutível: o foco é na necessidade das pessoas, mas é também na sociedade como um todo, onde espera-se mutuamente o respeito, a integridade, valores e propósito claros: é assim que se conquista confiança em qualquer lugar do mundo.
Confiança é a base que sustentará qualquer negócio no futuro. E tem que ser bom para todo mundo: para quem vende, revende, transporta, consome ou simplesmente para quem está em um mesmo local onde um produto ou serviço está sendo oferecido.
Porém a maioria das pessoas não acredita nas boas ações das grandes empresas, eu mesma já estive neste lugar. Mas desde o momento em que compreendi qual era parte do meu propósito, tive que aprender também a dar o voto de confiança para as empresas e pessoas que compartilhavam comigo suas jornadas de transformação.
Os negócios do futuro precisam ser de verdade, não existe outro caminho. Pessoas compram e negociam com pessoas que conhecem, gostam e confiam. Cada vez mais, marcas e consumidores, negociam como se a marca fosse um ser humano. Sem confiança, não há acordo. Sem empatia, ninguém quer comprar o seu produto ou utilizar o seu serviço.
Programas de "inovação aberta" vêm sendo disseminados e desenvolvidos dentro de indústrias e organizações que desejam promover ideias, pensamentos, processos e pesquisas abertas, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento de seus produtos, prover melhores serviços para seus clientes, aumentar a eficiência e reforçar o valor da sua companhia no mundo.
Quando comenta-se sobre empresas que estão gerando valor para a sociedade ou fazendo grandes transformações, não deveria ser considerado nesta pauta a filantropia, muito menos o assistencialismo ou as doações. Essa é uma outra pauta.
Negócios do futuro precisam ser bem distribuídos, e se estamos falando em promover o bem para as pessoas, estamos falando em promover o acesso, a oportunidade, a humanização da tecnologia, a internet para todos, o emprego em cargos de liderança para negros, a diminuição da desigualdade social, a troca de experiências por meio de uma rede cada vez mais distribuída e capilarizada e, claro, a vontade de fazer diferente.
Mas, "para mexer no time que se está ganhando", é preciso coragem. Líderes das grandes corporações precisam ser corajosos para fazer a transformação acontecer, de fato. São muitos os paradigmas que precisam ser quebrados, muitas reuniões com discussões difíceis entre os comitês, o board e o conselho. E olha quem aparece novamente nesta reflexão: a confiança. E ela que une todos os elos. Autoconfiança que dá a coragem de ir além, e do outro lado a generosidade em confiar no plano de quem quer transformar.
Quando as empresas conquistam a confiança das pessoas e do ecossistema em que estão inseridas, recebem o melhor presente: seu passaporte carimbado para um futuro mais saudável, mais lucrativo e autossustentável. São as transformações profundas nas estruturas corporativas que irão ajudar o crescimento e o desenvolvimento do nosso país.
Então, se a confiança é a moeda de troca, como confiar que uma empresa está fazendo um movimento social que seja de verdade? Quais sãs as métricas para a sociedade?
Checar o balanço patrimonial, os índices de sustentabilidade, os prêmios e reconhecimentos públicos já é o começo de uma nova relação.
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