Enel transforma terrenos de linhas de transmissão em hortas urbanas

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Onde houver terra é possível plantar comida - e esta máxima vale até para os lugares mais improváveis nos centros urbanos. Quem diria, por exemplo, que aos pés daquelas imensas torres metálicas de transmissão de energia, cravadas nas cidades, já está brotando muita couve, beterraba, espinafre, entre outras hortaliças? E estas verduras vêm alimentando centenas de pessoas.
O projeto Hortas em Rede, uma parceria da Enel Distribuição São Paulo com prefeituras e instituições, utiliza os terrenos das linhas de transmissão para desenvolver hortas urbanas. O resultado são alimentos frescos brotando de um espaço que era antes inutilizado, mas que agora promove inclusão social, sustentabilidade - e mata a fome.
A iniciativa começou em 2018 e hoje já conta com 50 hortas ativas em São Paulo e na região metropolitana. O objetivo é estabelecer hortas em regiões com grande concentração habitacional, com foco em pessoas em vulnerabilidade social. O projeto proporciona capacitação profissional, inclusão social e geração de renda por meio da comercialização dos produtos cultivados localmente pelos participantes.
"Estes terrenos, que são grandes e cortam as cidades, ficavam sem nenhuma utilização e acabavam virando depósito de entulhos, lixo clandestino ou eram invadidos, tornando-se uma área suja e perigosa. Quisemos ressignificar este espaço: eles foram transformados em áreas de agricultura urbana", diz Claudia Guimarães, Head de Sustentabilidade das distribuidoras da Enel Brasil.
A gestão dos plantios e culturas é feita por agricultores cadastrados, que são treinados e capacitados para trabalharem em um terreno que fica ao lado de linhas de energia. Ou seja, é preciso cuidado. A escolha das hortaliças também obedece critérios de segurança: somente vegetais rasteiros podem ser cultivados. Desta forma, não há o risco de árvores altas que podem interferir nas torres e causar acidentes. "Temos hortas que produzem toneladas de alimentos. Um dos desafios dos agricultores é o escoamento dessa produção", comenta Claudia. Muitos vendem suas colheitas para escolas, mercados, restaurantes e hortifrútis, por exemplo. Segundo ela, uma das hortas é cuidada por uma agricultora indígena, que planta ali sementes raras, que servem para o replantio de áreas desmatadas em todo o país.
"A produção das hortas vai muito além da renda gerada ali pelos alimentos e de toda a sustentabilidade do entorno. Fizemos pesquisas que mostram que os agricultores urbanos tiveram uma melhora de saúde, de disposição física e de qualidade de vida. Então, temos um espaço que não é só de geração de renda sustentável: é também de bem-estar".
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