Folia sustentável: ação com catadores garante ruas mais limpas no Rio

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Os catadores de resíduos são os principais gestores ambientais das cidades e, em tempos de Carnaval, quando as ruas são tomadas por toda sorte de resíduos, o trabalho destes profissionais se torna ainda mais relevante. E é fundamental que esta atividade seja reconhecida - tanto pelo poder público como por toda a sociedade.
Neste ano, a Ambev, gigante fabricante de bebidas, fechou uma parceria com a Dream Factory, que produz o carnaval de rua do Rio de Janeiro, e com a SOLOS, startup que busca uma economia circular mais justa em todo o país. O resultado desse combo é uma grande operação junto a catadores para retirar as toneladas de resíduos deixadas nas ruas depois da festa e encaminhá-las para reciclagem.
Além de promover uma limpeza sustentável e a logística reversa, a ideia também é a geração de renda, capacitação e melhores condições de trabalho para aqueles que desempenham o principal papel da circularidade, especialmente na maior festa de rua do mundo.
Os catadores cadastrados no projeto recebem um kit completo com camisa, calça, bota, luvas e saco de ráfia. Os materiais coletados, como latinhas, garrafas plásticas e caixas de papelão, têm rastreabilidade e são enviados para cooperativas parceiras, que os revendem e reinvestem os lucros no fortalecimento do setor. Em 2024, este mesmo programa gerou, no Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, aproximadamente R$ 1,5 milhão em renda revertida para 2 mil catadores.
Neste ano, no Rio de Janeiro, a iniciativa conta com uma equipe de 30 cooperativas, que farão a coleta em 100 blocos, totalizando 735 diárias de catadores cooperativados, coordenada pela Dream Factory.
O resultado é positivo para as cidades e principalmente para os profissionais da coleta. "Segurança, dignidade e geração de renda são as premissas que levamos para que a operação possa gerar inclusão social e produtiva para os catadores. Isso se reflete desde o processo de cadastramento, com entrega de EPIs e fardamento, para que eles sejam identificados como profissionais dos carnavais, até a implementação de infraestruturas de apoio e contratação durante os blocos", explica Saville Alves, líder de negócio da SOLOS.
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