Mariana Sgarioni

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Reportagem

ESG em todas as frentes: as lições da empresa mais sustentável do mundo

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A francesa Schneider Electric, que atua na transformação digital da gestão de energia e automação, foi eleita recentemente a empresa mais sustentável do mundo. O ranking, elaborado pela revista Time e Statista listou as 500 companhias que vêm cumprindo as metas mais ambiciosas de redução de emissão de carbono. E que foram além, ajudando seus parceiros a implementarem as mesmas reduções.

Não é a primeira vez que a Schneider encabeça um ranking de sustentabilidade mundial. Em 2021, a empresa foi anunciada no Fórum Econômico Mundial como a vencedora de mais sustentável do mundo de acordo com o disputado Corporate Knights. No mesmo ano, foi também a primeira colocada do setor no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones.

Quais os segredos para chegar no topo de tantas listas? "A sustentabilidade está em todas as frentes da empresa e em tudo o que fazemos. É o centro dos nossos propósitos. Temos um índice interno baseado nas ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU) em que medimos todas as ações e fazemos a divulgação disso", disse Arthur Wong, CMO da Schneider Electric para a América do Sul, com exclusividade a esta coluna. "Uma coisa é dizer que é verde; outra é ter a transparência de divulgar seus indicadores e iniciativas".

Segundo Wong, o valor de mercado da companhia cresceu 7 vezes nos últimos 20 anos - e este aumento tem a ver não apenas com o comprometimento direto de redução de emissões como também com a atuação junto à rede de fornecedores e clientes. Mais de mil parceiros da Schneider já se comprometeram a reduzir seus impactos e a companhia prevê ajudar seus clientes a evitar 800 milhões de toneladas de emissões de CO2 até 2025, visando uma cadeia de fornecimento com zero emissão até 2050.

A sustentabilidade também é vista pela empresa como uma forma de eficiência. E isso se traduz em redução de custos. "Os produtos são pensados para trazer eficiência com inteligência. Temos equipamentos e softwares, por exemplo, que usam menos energia. Portanto, reduzem custos. A sustentabilidade só vem com crescimento financeiro - o produto não é apenas verde, ele é econômico", explica Wong.

No quesito S, do ESG, a Schneider vem se destacando em projetos educacionais, como a formação de eletricistas e técnicos. Mais de 578 mil pessoas desenvolveram novas habilidades para enfrentar as futuras necessidades energéticas de suas comunidades.

A diversidade também está no radar: no final de junho, a companhia foi eleita uma das "Melhores Empresas para Pessoas LGBTQIA+ Trabalharem", de acordo com a terceira edição da pesquisa HRC Equidade BR, realizada pela Human Rights Campaign (HRC), em parceria com o Instituto +Diversidade e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+. "Há metas de diversidade e inclusão, como levar energia limpa e consistente para áreas remotas, além de ensinar comunidades como usar esta energia. Não é só educar, e sim investir em diversidade", diz Wong.

Reportagem

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