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Mari Rodrigues

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Podemos, sim, nos dar o direito ao ócio!

JLco - Julia Amaral/iStock
Imagem: JLco - Julia Amaral/iStock

23/04/2022 06h00

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Pela primeira vez em anos, passei a semana de Páscoa longe da família. Preferi viajar. Fiz algumas obrigações e depois descansei na praia, para me desligar de tudo que me atormenta. E bem, é mais ou menos sobre isso que preciso falar hoje.

Quando se tem uma jornada bastante corrida e atribulada, fica difícil pensar em si, cuidar de si. A gente tenta, mas isso nunca é priorizado na nossa rotina pela falta de tempo, sugado pelas obrigações de um mundo que cada vez mais cobra da gente e cada vez mais é cruel e implacável.

Aproveitar esses finais de semana mais longos, em que a única obrigação é a de descansar da rotina exaustiva, me leva a refletir sobre o nosso direito de "ficar de boa", de desligar. Até isso nos está sendo tirado neste mundo atual. Os problemas se acumulam e não conseguimos dar um basta e reorganizar nossos pensamentos.

Com essas folgas mais longas, dá para pensar sim, mas principalmente, dá para descansar. O ócio não é uma coisa ruim, como o capitalismo tenta nos fazer acreditar. Dar-nos o direito de não fazer nada por pelo menos um dia na semana pode nos dar mais tranquilidade e mais confiança para enfrentar outra semana longa.

Não vou me prolongar aqui, porque acredito que falar sobre o ócio dá um estudo inteiro de várias páginas e não tenho esse espaço aqui na coluna. Prefiro ir curtir meu período de ócio, desligar um pouco e voltar na próxima semana com pensamentos mais organizados.