Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
A estranheza da "normalidade"
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Esta semana fui almoçar com uma amiga. Fomos a um desses "bar e lanches" típicos de São Paulo, pedimos um prato feito sensacional, uma limonada e um pudim. Depois fomos a um café, conversamos, rimos, e seguimos nosso rumo.
Trivial, não? Até banal, diria. Isso não seria chamativo para nenhuma notícia ou texto de opinião. Mas se pensarmos que nem todas as pessoas podem ter a oportunidade de sentar-se a uma mesa de um "bar e lanches" ou de um café apenas por estarem fora da "normalidade", temos um ponto de discussão.
O que é a normalidade? Muitas pessoas já me perguntaram isso, ao menos para contemporizarem o fato de não me tratarem como uma pessoa "normal". Para mim, uma pessoa dita "normal" seria aquela que não sofre violência de qualquer tipo apenas por existir. Aquela que anda na rua e não recebe risadas, olhares tortos, xingamentos, entre outras coisas ruins.
E é algo a se pensar: por que é tão estranha a normalidade? Por que nos violentam a nos moldar a essa normalidade para depois de nos moldarmos nos lembrarem que não somos normais?
E está tudo bem não ser "normal". Talvez os "normais" sejam os estranhos.
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