A esperança que vem das vacinas, apesar de tudo
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Há algumas semanas, escrevi sobre as imprudências que cometemos durante a pandemia, como sair sem necessidade e se arriscar um pouco. Desde então, tenho restringido ao máximo minhas saídas fora do circuito padaria-mercado-academia, e por enquanto isso está dando bons resultados. Percebi que estou num caminho não tão inconsequente ao reparar numa inconsequência ainda maior: um contato efêmero foi para o que parecia ser uma festa, com todo mundo aglomerado e sem máscara. É claro que o contato esfriou, e ainda fui criticada por criticar o comportamento de risco.
Estamos constatando que neste ano ainda continuaremos tendo que seguir estes procedimentos que muites de nós seguimos quase como uma religião em 2020: isolamento quase completo até o surto e uso de máscaras e álcool em gel.
O desastre logístico que foi o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, somado à vacina que não chega, ao insumo que fica retido, ao intrincado jogo geopolítico que ficou ainda mais difícil para o Brasil com as ações antidiplomáticas catastróficas do não-governo... Tudo isso abriu espaços para oportunismos dos políticos de plantão.
Mas Ecoa é um espaço para boas notícias, e nelas irei focar hoje.
Ver um rosto de felicidade como o da enfermeira Mônica Calazans, negra, periférica, e cheia de esperança e vontade de cuidar do próximo, após receber a primeira dose da vacina recém-aprovada, alegra nosso dia, pelo fato de que apesar de tudo, estamos caminhando para o efetivo combate ao coronavírus e a erradicação de cenas tristes como as que vimos no começo do ano, lá na Manaus de meu finado pai.
Outra notícia que trouxe bastante alegria foi o início dos testes de uma nova vacina para a prevenção do HIV, depois de longos dez anos. Confesso que ainda não sei muito do estudo, mas deixo um artigo interessante que fala sobre ele. Quem sabe, em breve, com o avanço deste estudo, possamos finalmente focar em campanhas que desmarginalizem as pessoas que vivem com HIV, que hoje vivem plenas e cheias de saúde.
Podemos também fazer uma intersecção entre estes dois assuntos: as pessoas que vivem com HIV devem tomar a vacina contra a Covid-19? Segundo este especialista, sim, ainda que estudos mais elaborados precisem ser feitos. Tudo que aumente a imunidade do organismo da pessoa contra doenças deve ser usado
No mais, as recomendações de isolamento, saídas controladas, e cuidados como o uso de máscaras e álcool em gel continuam valendo. A pandemia não acabou, e está piorando, segundo os últimos números; ainda levará alguns meses para que a maior parte da população seja vacinada e seja seguro relaxar um pouco as restrições. Cuidemo-nos!
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