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Trudruá Dorrico

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Em caravana, mulheres indígenas vão percorrer os seis biomas brasileiros

Divulgação
Imagem: Divulgação

Julie Dorrico

13/07/2022 06h00

A rede ANMIGA (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade) lança oficialmente a "Caravana das Originárias da Terra 2022", uma excursão que visa o protagonismo feminino e coletivo passando por todos os biomas do território nacional. A primeira excursão convida as Comunidades Indígenas do Estado de Roraima a se reunirem para debater ações que envolvem eixos sobre o feminino e a floresta.
A caravana será no dia 25 e 26 de julho de 2022, na Região Tabaio, Comunidade Indígena, Município Alto Alegre.

O objetivo da "Caravana das Originárias 2022" é "promover ações de fortalecimento, protagonismo, acolhimento, reflexão da importância dos biomas e territórios de todo o Brasil". Ao ensejar o debate por e para mulheres indígenas, sem deixar de agregar as comunidades, a caravana se propõe a fortalecer a autonomia da mulher indígena projetando-as a espaços institucionais e em tomadas de decisões políticas, culturais e pessoais.

Conforme conta a ANMIGA, durante a jornada serão realizados debates e ações sobre mudanças climáticas e reflorestamentos; formação sobre a participação e representação das mulheres indígenas nos espaços de poder; bioeconomia indígena; formação sobre violência baseada em gênero e violações de direitos contra as mulheres indígenas dos territórios e fora dos territórios; articulação das redes de apoio às mulheres vítimas de violência de gênero; mobilização e fortalecimento de coletivos/associação de jovens e mulheres indígenas.

"Caravana das Originárias" fortalece a iniciativa em curso na conscientização contra a violência à mulher indígena. Realizada pelo Conselho Indígena de Roraima, o seminário sobre direitos das mulheres, violência e autoestima intitulou-se "A sua voz faz toda a diferença, diga não à violência contra a mulher", reunindo a participação de 100 lideranças indígenas, em sua maioria mulheres, das comunidades Barro, Táxi I, Táxi II, Machado, Canta Galo, Kumanã, Maravilha, Maloquinha, Limão, Beira Rio.

A realização da caravana também conta com apoio e subsídios para as viagens pelos seis biomas brasileiros. Dessa forma, abre uma campanha de doação para todos aqueles que puderem apoiar essa iniciativa por protagonismo e bem-viver coletivo.

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