Como fazer

O que você pode fazer para que sua empresa seja mais diversa e inclusiva?

Pensar em diversidade dentro das empresas pode parecer algo banal no atual contexto de pandemia no Brasil e com altos índices de desemprego. Mas ter pessoas plurais dentro de uma empresa é uma forma de fazer uma melhor gestão de risco, afinal, em um cenário complexo e caótico como esse, é extremamente importante manter uma empresa competitiva e isso passa por um quadro de funcionários diverso.

Ecoa conversou com especialistas para entender qual a melhor forma de você, que tem ou não um cargo de liderança, promover um ambiente de trabalho diverso e inclusivo em sua empresa.

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Por que diversidade?

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Mais lucro; mais soluções

Segundo estudo publicado pelo Instituto McKinsey, empresas que têm mais diversidade étnica e racial na alta liderança, por exemplo, têm até 33% mais lucratividade. Além disso, a diversidade ajuda no enfrentamento de desafios: pessoas diferentes trazem soluções diferentes
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Justiça social

Mas, para além dos números, o tema diversidade trata sobre pessoas. Ou seja, as empresas também precisam pensar em sua função social, que é um dispositivo da Constituição de 1988 que aponta a necessidade de uma empresa buscar responsabilidade social.
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Diversidade faz bem para as pessoas porque a gente inclui quem está ficando para trás nesse nosso modelo de desenvolvimento econômico. Tem resultados nos negócios e tem impactos positivos para a sociedade

Beatriz Santa Rita,
consultora em diversidade e inclusão na Diverse Soluções

O que eu, líder, posso fazer?

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Demografia

Pensar em diversidade é pensar em fazer com que a sua empresa tenha um quadro de funcionários que corresponda à demografia do Brasil. Ou seja, se hoje o maior grupo demográfico do país é o de mulheres negras, elas precisam ser maioria entre os funcionários. Mas não é só isso.
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Inclusão

Contratar mais mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e PCDs não é o suficiente se essas pessoas não se sentem confortáveis no ambiente de trabalho. É aí que entra o conceito de inclusão. Os funcionários precisam encontrar um ambiente seguro e isso passa por ações de acolhimento, espaços para se expressar e acessibilidade.
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É importante que a diversidade esteja nas posições de poder, de lideranças, porque é ali que são tomadas decisões estratégicas que alteram a organização da empresa

Ana Bavon,
sócia fundadora da B4People

Consultoria

Para construir tudo isso é importante ter alguém na empresa com experiência em gestão de negócios e diversidade. Caso você não tenha alguém que possa formar um grupo de trabalho com pessoas especializadas, uma solução pode ser contratar uma consultoria de diversidade.
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De olho nas metas

Não adianta só querer, tem que partir para a ação e as metas podem ajudar. Além disso, priorizar investimentos financeiros e de capacitação de funcionários é fundamental para que as ações sejam efetivas.
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O líder ou a líder precisa entender que, por estar dentro de um contexto social, possui vieses, ou seja ideias preconcebidas de como funciona a sociedade, e que assim talvez tenha naturalizado alguns preconceitos ao longo da vida. Então, muito provavelmente essa pessoa vai ter que estudar sobre o tema e rever alguns conceitos

Liliane Rocha,
CEO da Gestão Kairós

E o que eu, que não sou líder, posso fazer?

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O compromisso com a diversidade dentro da empresa é de todos. Caso a iniciativa, por outro lado, não parta das lideranças, um colaborador pode se organizar e tentar levar ideias e projetos de inclusão para seus líderes. E isso parte, primeiro, por entender como a diversidade é tratada dentro da própria organização.

O funcionário não precisa necessariamente fazer parte de um grupo minorizado. Basta que ele entenda e reflita sobre suas posições de privilégio e busque maneiras de combater alguns próprios preconceitos no dia a dia.

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As histórias e pessoas apresentadas todos os dias a você por Ecoa surgem em um processo que não se limita à pratica jornalística tradicional. Além de encontros com especialistas de áreas fundamentais para a compreensão do nosso tempo, repórteres e editores têm uma troca diária de inspiração com um grupo de profissionais muito especial, todos com atuação de impacto no campo social, e que formam a nossa Curadoria. Esta reportagem, por exemplo, nasceu de uma conexão proposta por Gabriela Augusto, curadora de Ecoa.
Arquivo pessoal
Publicado em 10 de março de 2021.
Reportagem: Camilla Freitas
Edição: Fernanda Schimidt