Fizeram História

Augusto Ruschi, o cientista que foi tratado contra veneno de sapo pelo cacique Raoni

Arte/UOL
Augusto Ruschi foi um dos mais importantes nomes da ciência brasileira. Dedicou a vida à preservação da fauna e da flora.
Rogério Carneiro/Folhapress
Em 1989, as notas de cruzados novos homenageavam personalidades como Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. Ruschi estampou a nota de 500.
Eugênio Novaes/Folhapress
O naturalista tinha um amor especial pelos beija-flores e as orquídeas. Catalogou centenas de espécies. Publicou cerca de 500 artigos científicos e 23 livros. Foi pesquisador do Museu Natural e titular de Biologia da Universidade do Rio de Janeiro.
KenCanning
Em um congresso da ONU, em 1951, previu que as reservas ecológicas, se preservadas, seriam bancos genéticos. Com uma espingarda em mãos, impediu a desapropriação da Reserva Biológica da Santa Lúcia (ES). E interditou o desmatamento de uma porção capixaba de Mata Atlântica, em Conceição da Barra.
Luciano Candisani

A alegria do barulho desses beija-flores não vai silenciar enquanto eu existir"

Augusto Ruschi
Até que adoeceu gravemente. Em um trabalho de campo no Amapá, foi envenenado por sapos. E, em busca de cura, submeteu-se a uma pajelança conduzida pelo cacique Raoni (à esq.) e o pajé Sapaim (à dir.).
Rogério Carneiro/Folhapress

Não é curandeirismo, não, é tratamento de medicina popular"

Augusto Ruschi
Ruschi morreu meses depois do tratamento, aos 72 anos, vítima de cirrose hepática, doença da qual sofria há anos. Sua autópsia não revelou nenhum traço de veneno de sapo ou de qualquer outro animal.
Rogério Carneiro/Folhapress
Publicado em 12 de outubro de 2019.

Reportagem e edição
Giuliana Bergamo

Arte
Suellen Lima

Continue navegando pelo ECOA