Fake News

7 maneiras de identificar se um conteúdo é verdadeiro ou falso

Por Julia Guglielmetti

Durante a pandemia, estamos assistindo a um "boom" de notícias falsas sendo compartilhadas nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens.

Para Chico Marés, coordenador de jornalismo da Agência Lupa, esse crescimento não foi uma surpresa: "sempre que há um momento de crise, cria-se um terreno fértil para que autores mal intencionados compartilhem informações falsas".
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O cenário da pandemia era inesperado e o desconhecimento do público sobre o assunto é muito propício para o surgimento de conteúdo enganoso. Além disso, outro importante fator para a explosão das fake news é o aspecto político.

"A desinformação acontece porque a pandemia é partidarizada, sequestrada pela política, e também porque a desinformação é parasita da agenda pública", diz Sérgio Lüdtke, editor-chefe do Projeto Comprova.
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Mas como podemos identificar notícias falsas e saber se estamos sendo enganados?

Arraste para o lado e confira 7 dicas importantes
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Leia, ouça ou assista o conteúdo completo

"Leia completamente. Se você receber um link pelo WhatsApp, não acredite apenas na manchete. Abra o artigo, leia tudo de maneira crítica e tente identificar se há alguma inconsistência", aconselha Caio Machado, diretor executivo do Instituto Vero.
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Cheque o link

O conteúdo que você recebeu foi produzido por alguma organização ou meio de comunicação legítimo, respeitado e fiável? Se sim, ótimo. Caso não, atente-se.

Um site desconhecido não significa que o conteúdo é necessariamente falso, mas é um pequeno indício.

Também é importante se assegurar de que não estão tentando se passar por um portal confiável, por exemplo. Verifique se não há letras trocadas no endereço do site ou algum outro truque parecido.
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Desconfie de absurdos

"A notícia muito absurda tende a ser falsa", explica Chico, da Agência Lupa. Por isso, também é preciso senso crítico para desconfiar de algo realmente inesperado, que foge da lógica.
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Fique alerta com gatilhos emocionais

"É importante ficar especialmente alerta quando o conteúdo provoca um efeito emocional, como raiva, medo, esperança ou até mesmo excitação. O mesmo para quando as mensagens pedem urgência, apoio no compartilhamento, mobilização ou quando usam muitas exclamações", explica Sérgio, do Comprova.
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Jogue no Google

Se você receber uma mensagem encaminhada no WhatsApp, vir um post do Facebook, uma montagem no Instagram ou um vídeo no YouTube, por exemplo, que pareça estranho, faça uma pesquisa no Google.

Se for verdade, provavelmente apareceram resultados publicados em veículos confiáveis. Fazendo essa busca, você também poderá encontrar a validação da informação por alguma agência de checagem.
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Verifique as fontes e diferencie opiniões de fatos

Confira se há fontes confiáveis, como estudos e pesquisas de instituições renomadas. Se o material não citar fontes ou citar opiniões como se fossem fontes, desconfie.
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Sugira uma verificação

Entre em contato com alguma iniciativa de checagem e peça pela verificação da informação. Algumas, inclusive, recebem sugestões do público pelo WhatsApp, como é o caso do Comprova (11 97045-4984) e da Agência Lupa (21 99193-3751).
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O que fazer caso identifique um conteúdo falso?

- Não compartilhe: não passe a mensagem adiante se você não tiver certeza de sua veracidade

- Denuncie: redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter têm canais de denúncia em que você pode informar sobre uma conta que está propagando informações falsas

- Converse com quem criou o conteúdo ou quem compartilhou com você: em tom amistoso e sem gerar constrangimentos, alerte o autor ou o remetente de que aquilo se trata de algo enganoso ou falso
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Geralmente, queremos saber se algo é falso porque desejamos formar uma opinião sobre o assunto ou compartilhar aquilo. Nesse caso, a investigação mais a fundo é muito importante.

Caio Machado,
diretor executivo do Instituto Vero
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Publicado em 06 de setembro de 2021.
Reportagem: Julia Guglielmetti
Edição:
Paula Rodrigues e Fernanda Schimidt Fontes: Caio Machado, diretor executivo do Instituto Vero; Chico Marés, coordenador de jornalismo da Agência Lupa; Sérgio Lüdtke, editor-chefe do Projeto Comprova