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As vantagens e desvantagens de 7 diferentes métodos de extração de café

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Juliana Bianchi

Colaboração para o UOL

22/07/2019 04h00

Um bom café precisa de muito mais do que grãos, por mais que sua origem, forma de produção, torra e moagem também importem.

Basta tomar um coado e um expresso para saber que o método de extração escolhido pode influenciar no sabor final da bebida. Mais intenso em um, mais adocicado e delicado em outro, e por aí vai.

Comparar os resultados na prática -- como oferecem algumas casas especializadas, como Coffee Lab, Kofi & Co e Um Coffee Co. -- é a melhor forma de conhecer as diferenças. Mas você também pode organizar a brincadeira em casa. Basta ter os equipamentos necessários e, de preferência, alguns conhecimentos prévios.

Para ajudar nessa trilha de descobertas, preparamos um guia rápido sobre os principais métodos de extração, suas vantagens, desvantagens e impactos no sabor.

Coado

Café coado - iStock - iStock
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O método mais utilizado no Brasil é também o que gera o café "mais limpo", segundo Garam Victor Um, barista do Um Coffee Co. Mas pode haver diferenças ao se optar por um coador de papel ou de pano. "O de papel retém mais o óleo natural dos grãos e torna a bebida mais leve. Já o de pano, se não estiver muito bem limpo pode passar sabores indesejados e mais oleosidade", explica. Este último deve ser usado, no máximo, por um mês.

Expresso

café expresso - iStock - iStock
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Recomendado para que gosta de uma bebida intensa, o método é o que mais exige técnica na hora de preparar, para que a pressão e temperatura da água, a moagem e a compactação do pó estejam perfeitamente reguladas. "É o método mais fácil de errar. Tem que treinar muito para acertar", diz Um.

Para quem duvida, tendo em vista as automáticas, cujas vendas se multiplicam para uso caseiro, o especialista é categórico: "são as mais inconsistentes".

Moka

Café moka - iStock - iStock
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Também conhecida como cafeteira italiana, ela traz em uma só peça o reservatório onde a água será aquecida, o coador e o bule. Ao ferver, a água passa pelo pó e por pressão sobe ao recipiente superior, onde poderá ficar armazenada por alguns minutos sem perder calor.

É muito utilizada na Europa e gera cafés com maior intensidade -- "próxima à do expresso", segundo Um. Mas é preciso tomar cuidado para não queimar o pó com excessiva exposição à água quente. Para evitar, escolha grãos com moagem média ou grossa, capriche na quantidade de pó e desligue o fogo assim que a água ferver

Prensa francesa

French Press - iStock - iStock
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Um êmbolo de metal é o responsável pela extração da bebida dentro do copo de vidro, onde se mistura o pó à água quente. A infusão, que deve durar apenas quatro minutos para não queimar o pó (de preferência com moagem grossa), resulta em um café balanceado, mais turvo e encorpado. Para duas xícaras de café, misture 25g de pó a 300ml de água.

Mas, cuidado: o vidro fininho pode quebrar facilmente com a pressão e colocar tudo a perder. Outro erro comum é deixar o café no mesmo recipiente após ser coado. "Como a água continuará em contato com os grãos, a tendência é ir amargando. O ideal é servir tudo em seguida ou transferir para outro bule", indica Um.

Hario V60

Hario 60 - Divulgação / Luh Tinem - Divulgação / Luh Tinem
Imagem: Divulgação / Luh Tinem

Esse acessório criado no Japão para fazer café filtrado lembra muito os coadores de papel. A diferença está na base (encontrada em vidro, inox, cerâmica, acrílico ou cobre), que conta com buracos mais largos e linhas espirais e cônicas para facilitar o escoamento da água pelo pó de maneira uniforme e ágil.

O resultado é um café mais claro e leve, com sabores limpos e delicados. É indicado para grãos complexos, de preferência que você já conheça em outros métodos. Experimente preparar na proporção de 20g de pó para 240ml a 260ml de água, deixando infusionar por cerca de dois minutos.

Aeropress

Aeropress - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Mania entre os mais entendidos do ramo, este acessório de extração que mais se parece com uma grande seringa consegue simular vários métodos de extração, dependendo da pressão, da granulagem do pó e do tempo de infusão que se utiliza.

Para fazer um café mais parecido com um expresso, por exemplo, vá de grãos mais finos. Para ter o resultado da prensa francesa, use um pó mais grosso.

O resultado será um café sem amargor e rico em óleos essenciais. Para usar, acrescente o pó de café e a água quente (Um indica 18g para 200ml), deixe infusionar por alguns minutos e pressione lentamente o êmbolo, de forma constante, até o fim do recipiente. Sirva imediatamente.

Kalita

Kalita - Divulgação / Luh Tinim - Divulgação / Luh Tinim
Imagem: Divulgação / Luh Tinim

De longe você pode facilmente confundir a Kalita com um coador de papel comum ou com o Hario, mas o filtro de papel ondulado e a base reta, com apenas três furos pequenos para a vazão lenta da água, não enganam.

A água com mais tempo em contato com o pó gera um café encorpado e adocicado, mas também com temperatura mais baixa, dado o tempo de exposição ao ar.

RECEITAS

Agora que você já conhece os diferentes tipos de extração, veja abaixo algumas receitas que usam café.

Mini bolo de nozes e café

Bolo de nozes com café - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Esse delicado mini bolo de nozes e café não leva lactose nem glúten na massa, recheio ou cobertura.

Cookies de café

Cookies de café - Divulgação - Divulgação
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Capriche na qualidade da bebida para ter cookies de café memoráveis para servir no fim da tarde.

Tiramisu

Tiramissu - Divulgação - Divulgação
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Impossível não gostar de tiramisu, esse doce italiano feito com café, licor Amaretto, queijo mascarpone e cacau.

Zena Ice

Drinque com café - Leonardo Soares/UOL - Leonardo Soares/UOL
Imagem: Leonardo Soares/UOL

Que tal um drink gelado feito com café e grapa? Você vai se surpreender com o Zena Ice.