Lei que regulamenta cerveja alemã pode virar Patrimônio da Humanidade
Um grupo de 1.300 cervejeiros alemães quer transformar a lei nacional que controla a pureza da bebida em Patrimônio da Humanidade.
A chamada “Reinheitsgebot”, ou Lei de Pureza da Cerveja, foi proclamada em 1516 para estabelecer quais ingredientes poderiam ser adicionados à bebida e quais suas quantidades corretas. De acordo com a regulamentação, somente água, lúpulo e malte podem ser usados para produzir cerveja.
Caso a moção seja aprovada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e Cultura), a receita “oficial” da cerveja será considerada um dos patrimônios culturais do planeta. A lista inclui construções como o Taj Mahal (Índia) e as pirâmides do Egito, mas também passou recentemente a contemplar manifestações artísticas, como a dança flamenca (Espanha).
No Brasil, locais como a arquitetura de Brasília, o centro histórico de Salvador (BA) e a igreja de Bom Jesus de Congonhas (MG) são considerados Patrimônios da Humanidade.
Vale o escrito
A federação dos produtores de cerveja da Alemanha entrou com o pedido de reconhecimento na Unesco para mostrar o impacto das leis de pureza na cultura alemã e também no desenvolvimento da bebida em todo o mundo.
“A Alemanha deve sua reputação como produtora de cerveja graças à Reinheitsgebot”, disse Hans-Georg Elis, presidente da federação, à revista “Der Spiegel”. Segundo ele, a regulamentação garante “a pureza, qualidade e digestibilidade das cervejas”.
A Alemanha permite a importação de cervejas que não foram fabricadas de acordo com as leis de pureza, mas toda a produção do país precisa seguir a regulamentação –a não ser que a bebida seja feita somente para venda em países com regras menos claras quanto ao conteúdo do produto.
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