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Stolen: pão doce alemão é alternativa ao panetone no Natal

Diferente do panetone, a versão alemã tem formato de rocambole, leva açúcar de confeiteiro na cobertura e no preparo exige menos trabalho - Leonardo Soares/UOL
Diferente do panetone, a versão alemã tem formato de rocambole, leva açúcar de confeiteiro na cobertura e no preparo exige menos trabalho Imagem: Leonardo Soares/UOL

Larissa Januário

Do UOL, em São Paulo

23/12/2012 07h00

Como o panetone, o stolen (ou stollen) é uma massa doce, macia, de aroma cítrico e recheada com frutas secas e cristalizadas. Uma receita com cara de Natal que pode funcionar bem como alternativa aos famosos pães doces natalinos de origem italiana.

Diferente do panetone, a versão alemã tem formato de rocambole, leva açúcar de confeiteiro na cobertura e no preparo exige menos trabalho. Confira o passo a passo e da receita

Historicamente o Stolen também carrega grande tradição. Segundo a organização do Dresden Stollen Festival, festa que acontece desde 1700 em Dresden, capital do estalo alemão da Saxônia , o  primeiro foi assado na corte real saxônica em 1427, já com intensão de ser uma receita festiva.

Na época era feito com farinha, óleo e água, levedura. Mas como a religião local (adventista) não permitia o uso de manteiga durante a quaresma, o pão ficava duro e sem sabor. Reza a lenda que no século 15, o príncipe Elector Ernst cehgou a escrever ao Papa em Roma pedindo que liberasse o uso da manteiga aos padeiros saxões. Já que o óleo na saxônia era caro e difícil de conseguir e.

O pedido foi negado pelo Papa Nicholas V em 1450. Cinco papados se passaram até que Innocent VIII, no final do século, enviou uma carta ao príncipe, conhecida como a Carta de Manteiga concedendo o uso do ingrediente sem ter que pagar a multa.  Mas somente para o príncipe e sua família real. A proibição só teve fim totalmente quando os saxões se tornaram protestantes.

Com o passar do tempo, o Stolen deixou de ser um simples pão farinhento e sem sabor e passou a ser um bolo mais doce e rico em ingredientes. E como por aqui o uso da manteiga é liberado, nada mais justo que variar um pouco o menu natalino e testar essa receita tão antiga e tradicional.